A UFMS é uma das instituições de ensino superior públicas que aderiram ao instrumento de avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para revalidar diplomas médicos emitidos por instituições de educação superior estrangeiras, o Revalida. No final do último mês, foram revalidados 35 diplomas de profissionais que foram aprovados no processo de avaliação.
“O Revalida é uma oportunidade para os que fazem o curso de Medicina fora do Brasil conquistarem o direito de exercer a profissão no país. A avaliação é aplicada pelo Inep e a UFMS revalida o título, emitindo os certificados. Para a sociedade, são mais 35 médicos habilitados para atender as suas demandas. São muito bem-vindos porque representam uma ajuda extra”, explica o secretário de Registro de Diplomas Nilton Santos. A Secretaria de Registro de Diplomas está vinculada à Diretoria de Gabinete da Reitoria da UFMS.
Segundo Nilton, a UFMS e a Universidade de Brasília são as duas instituições mais requisitadas pelos aprovados. “Eles nos contam que a escolha se deve à seriedade e rapidez do processo. Com o certificado emitido, os profissionais podem dar entrada no pedido de registro no Conselho Regional de Medicina para, então, iniciarem o exercício da profissão”, ressalta Nilton.
Após a aplicação do Revalida e divulgação dos aprovados, a UFMS faz uma chamada pública para dar início ao processo. São exigidas documentações e, após a análise, os certificados são emitidos. “O certificado também permite que os médicos possam se inscrever em processos de residência”, acrescenta Nilton,
Mayara Vieira da Silva foi uma das aprovadas no Revalida e optou por fazer o processo junto à UFMS. “Conheci alguns colegas que já tinham revalidado o diploma pela Universidade. Nasci no Estado e já sei de antemão sobre a seriedade da UFMS, então, quando saiu a lista das instituições que poderiam fazer a revalidação, escolhi a Universidade. Procurei a Secretaria de Registro de Diplomas e fui muito bem atendida. Os servidores me explicaram como funcionava todo o processo e os prazos”, conta Mayara.
“Gostaria de agradecer imensamente ao Nilton e ao servidor Ivan Baycer Junior. Agora, vou fazer uma prova para residência em Medicina Intensiva, pois gosto muito desta área. Espero ser aprovada, mas caso isso não ocorra, meu plano B é atender na cidade dos meus pais: Ribas do Rio Pardo”, destaca a médica.
Sobre o Revalida
O Revalida é constituído de etapas que incluem: prova teórica composta por questões objetivas e discursivas e avaliação prática realizada em estações clínicas, nas quais os candidatos precisam fazer dez anamneses — “entrevistas” para diagnóstico inicial da doença — em “pacientes” (atores) com diversos sintomas simulados. Fazem a avaliação prática apenas com os que foram aprovados na etapa teórica.
Entre os requisitos para participar, o formado em medicina deve ser brasileiro ou estrangeiro em situação legal no Brasil; ter registro no CPF; ser portador e enviar imagens (frente e verso) de diploma de graduação em medicina expedido por instituição reconhecida no país de origem pelo seu ministério da educação ou órgão equivalente, autenticado pela autoridade consular brasileira ou pelo processo da Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros.
Após aprovação, o participante pode encaminhar revalidação do diploma junto a uma das instituições parceiras. O instrumento de avaliação é aplicado desde 2011 e a aprovação dos participantes é reconhecida como demonstrativo de competências teóricas e práticas compatíveis com as exigências de formação correspondentes aos diplomas de medicina expedidos por universidades brasileiras.
Texto: Vanessa Amin, com informações do Inep
Fotografia: acervo da Diretoria de Gabinete da Reitoria