Nesta quarta-feira, 24, é comemorado o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras). A data remete à publicação da Lei 10.436 pela presidência da República, que reconheceu a Libras como meio legal de comunicação e expressão. “Hoje, comemora-se 17 anos que a Libras foi regulamentada no Brasil como a língua de direito, comunicação e interlocução da comunidade surda brasileira. Trata-se de um dia importante para todos nós, surdos e ouvintes, pois esta data traduz uma luta histórica dos surdos pelo seu direito linguístico”, comenta a professora da Faculdade de Educação (Faed), Raquel Quiles.
De acordo com a diretora da Faed, Milene Bartolomei, na Faculdade há um grupo de professores trabalhando com a disciplina de Libras e Educação Especial. Esse grupo ministra a disciplina de Libras em cursos da Cidade Universitária e nos câmpus. “Hoje há 16 turmas em andamento nos cursos de graduação presenciais e a distância. Atualmente, oferecemos a disciplina no câmpus de Três Lagoas, mas já foi ofertada em Naviraí e Coxim”, destaca a diretora.
Outra ação importante para efetivar a acessibilidade às pessoas surdas na Universidade foi a criação da Seção de Libras, ligada a Divisão de Acessibilidade e Ações Afirmativas (Diaaf) da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis. “Atendendo à demanda crescente e como forma de valorizar o trabalho nesta área, a reitoria optou em criar a Seção. O objetivo é favorecer a inclusão. Atualmente, há intérpretes em cada um dos câmpus, mesmo não havendo alunos surdos”, comenta a chefe da Diaaf, Mirella Villa Fonseca.
Atualmente, a UFMS tem seis alunos e quatro professores surdos em diferentes cursos de graduação, além de 16 intérpretes e tradutores. “O maior desafio está na variedade de atendimentos. São cursos distintos, como Medicina Veterinária, Matemática, Engenharia de Software, Pedagogia, entre outros. Há um número considerável de variáveis e raciocínios que necessitam de preparação técnica”, comenta o chefe da Seção de Libras, André Aguirre do Amaral. Segundo André, os intérpretes atendem não apenas os alunos e professores surdos, mas também as demais unidades da UFMS que necessitam de tradução.
“Já alcançamos muitas conquistas, mas ainda há muito a ser feito. Gostaríamos de parabenizar os surdos brasileiros e, principalmente, aqueles que fazem parte da UFMS pela resistência histórica e por nos ensinarem com suas mãos e expressões corporais e faciais sobre as diferentes formas de ver e entender o mundo! A presença de vocês nos orgulha!”, ressalta a professora Raquel.
Confira reportagem realizada pela TV UFMS sobre o tema:
Texto: Vanessa Amin