O texto final do Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI 2020-2024 – foi aprovado por unanimidade na reunião extraordinária do Conselho Universitário, realizada em 13 de março. “O PDI é um planejamento norteador e um instrumento de gestão da Universidade. Esse planejamento é feito bom base em uma leitura do que somos, onde estamos, o que fazemos e, principalmente, onde queremos chegar em 2024 e como vamos fazer isso, superando os desafios para conquistar tudo que pretendemos”, explica a pró-reitora da Pró-reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças (Proplan) Dulce Tristão.
Mais do que compilar indicadores que atendem questões normativas, o novo PDI incorpora os sonhos e expectativas da comunidade acadêmica. “Agradeço a (Proplan) que liderou esse processo e também a todos os envolvidos na construção do nosso PDI 2020-2024. Houve uma evolução muito grande, ao compararmos com o documento anterior, que resultou do esforço em atendermos as orientações, em especial do Tribunal de Contas da União, e produzirmos um Plano mais enxuto e objetivo, ao mesmo tempo contemplando todas as exigências legais”, destaca o reitor Marcelo Turine.
Além disso, na elaboração do PDI foi obervado o que rege o Decreto 9.235 do governo federal contemplando: missão, objetivos, metas, projeto pedagógico, cronograma de implantação, oferta de cursos de graduação e pós-graduação e a programação de novos cursos, perfil do corpo docente e técnico, organização administrativa, projeto de acervo acadêmico, infraestrutura física e instalações e a sustentabilidade orçamentária e financeira.
Destaques do PDI
O documento final do PDI 2020-2024 pode ser acessado aqui. “O trabalho de todos resultou em um texto mais objetivo e em indicadores mais eficazes. Por exemplo, de 115 indicadores que havia no PDI de 2015, passamos a ter pouco menos de 40, deixando o trabalho de todos mais ágil e eficaz”, pontua o reitor.
Como primeiro destaque está a missão da UFMS: “desenvolver e socializar o conhecimento, formando profissionais qualificados para a transformação da sociedade e o crescimento sustentável do país” e a visão de “ser uma universidade reconhecida nacional e internacionalmente por sua excelência no ensino, pesquisa, extensão e inovação”. Em seguida estão os valores: ética, respeito, transparência, efetividade, interdisciplinaridade, profissionalismo, sustentabilidade e independência”.
Como objetivos estratégicos foram definidos: 1) aprimorar o ensino de graduação e pós-graduação; 2) integrar a Universidade e a sociedade por meio da extensão, cultura, esporte e comunicação sociocientífica; 3) promover o desenvolvimento estudantil em um ambiente inclusivo; 4) qualificar e internacionalizar a pesquisa científica, o desenvolvimento tecnológico, o empreendedorismo e a inovação; 5) consolidar as práticas de gestão, de governança, de compliance e de sustentabilidade; e 6) fortalecer o desenvolvimento pessoal em ambiente acolhedor.
Na matriz estratégica do PDI, para cada um dos seis objetivos há um conjunto de indicadores que possibilitarão aferir se as metas foram alcançadas. Os indicadores do primeiro objetivo, por exemplo, são, na graduação as taxas de diplomação no tempo mínimo dos cursos, de sucesso, de vagas ociosas, de cursos presenciais com disciplinas a distância, enquanto que na pós-graduação, figuram como indicadores o índice médio do conceito Capes/MEC dos cursos, a taxa de sucesso, de evasão, de crescimento de estudantes matriculados, de teses e dissertações com impacto econômico, social e ambiental. Para cada indicador que consta no Plano, há uma ficha técnica e por meio dela todos podem ter acesso ao que será desenvolvido com a implementação do Plano.
“É possível que façamos ajustes ao longo do período de cinco anos. Foram várias e várias horas de discussão sobre cada um dos temas para chegarmos a um consenso. Mas, o importante é que os conceitos que constam no PDI precisam ser vivenciados e incorporados. O próximo passo agora é elaborar os planos de desenvolvimento das unidades, que irão detalhar cada um dos indicadores e objetivos, mas sempre em consonância com o que está descrito no PDI”, comentou Dulce.
O processo de construção do PDI começou em agosto de 2019 e contou com a participação de representantes de todas as instâncias da Universidade. Todas as informações sobre o processo estão inseridos no site do PDI. Isso foi feito para que toda comunidade pudesse acompanhar as discussões. Durante as várias reuniões de planejamento com a comissão central e as comissões setoriais, a equipe contou com uma importante ferramenta metodológica: SWOT. Essa ferramenta foi escolhida por permitir levantar os pontos fracos e fortes, ameaças e oportunidades. Os trabalhos estenderam-se ao longo de todo o segundo semestre de 2019 e a estrutura do plano era redimensionada à medida que as reuniões eram feitas
Os Planos de Desenvolvimento das Unidades (PDUs) foram muito importantes para identificar as demandas, necessidades e as potencialidades de cada unidade, assim como o processo de avaliação institucional, refletindo assim a participação de acadêmicos, docentes e técnicos.
Durante a reunião do Coun, a pró-reitora agradeceu o esforço de todos e da gestão. “Agradeço à comissão que participou do processo de construção do PDI, diretores, pró-reitores, secretários, as comissões constituídas pelas pró-reitorias, agências e secretarias. Também quero fazer um agradecimento especial à equipe da Coordenadoria de Planejamento Institucional, ao reitor e vice-reitora que nos deram abertura e estiveram presentes nessa discussão, o que nos proporcionou mais segurança, enfim, a todos que contribuíram para sonhar uma universidade com a proposta de formar profissionais qualificados para transformação da sociedade e o crescimento sustentável do país”, conclui Dulce.
Texto e fotos: Vanessa Amin