Uma solenidade realizada nesta quinta-feira, 31, oficializou a parceria entre a UFMS e a Copa Energia, detentora das marcas Copagaz e Liquigás. O acordo de cooperação foi assinado nesta tarde e prevê o investimento de até R$ 2 milhões para as iniciativas, que serão desenvolvidas na Universidade.
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A parceria prevê dois projetos, em um deles, o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha, será utilizado para geração de energia de um dos setores da UFMS. O experimento será realizado durante o “horário de pico”, fornecendo energia elétrica para a universidade. Outra ideia é utilizar o GLP no agronegócio, no setor de piscicultura.
O reitor Marcelo Turine explica que a parceria da UFMS com a empresa existe desde 2019. Para ele, a cooperação é importante para gerar conhecimento, tecnologia e inovação não só para a Universidade, mas também para o Mato Grosso do Sul.
“O papel da Universidade é esse: mostrar o caminho, verificar se é possível, se é viável, encontrar soluções computacionais e técnicas para que a gente consiga transformar uma ideia que está no papel, no sonho, em uma realidade”, afirma.
Os projetos terão a contribuição de equipes multidisciplinares e preveem a oferta de bolsas de estudo e de iniciação científica. Para a vice-reitora Camila Ítavo, a parceria vai além dos benefícios para a pesquisa e contribui diretamente para a formação dos acadêmicos na UFMS. “Esse apoio fortalece a formação de recursos humanos, dos nossos estudantes de graduação, mestrado e doutorado. Então, para além da pesquisa, fortalece a formação de profissionais qualificados na área”, comenta.
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O diretor executivo (CEO) da Copa Energia, Caio Turqueto, reforça a importância da colaboração de dois importantes vetores para a sociedade: a indústria e o meio acadêmico. Para ele, é nas universidades que surgem os talentos que irão gerir o futuro. “Queremos continuar ativos, participativos, colhendo os louros que a Universidade pode dar. Eu acho que é um efeito de dupla mão: a gente financia os projetos e também colhemos os efeitos deles, além de prestigiar a bancada de pesquisadores”, diz.
Um dos projetos busca analisar o potencial do uso do GLP como recurso energético na produção dos peixes das espécies pacu e tilápia-do-nilo. A pesquisa será realizada na Fazenda Escola, em Terenos, e na Cidade Universitária. O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, afirma que a pesquisa poderá contribuir para que Mato Grosso do Sul se destaque no setor da piscicultura. “O nosso Estado já é o primeiro em exportação de tilápia, mas queremos estar entre os cinco maiores exportadores de peixes dentro de dois anos”.
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Além dos novos projetos, a Universidade e a empresa ainda renovam a parceria para a pesquisa de monitoramento e análise do GLP. “É um acordo antigo, que está de cara nova, que é o laboratório de análise e monitoramento do gás importado da Bolívia. Esse laboratório valida a qualidade do gás, para que ele possa ser comercializado no território brasileiro”, detalha o diretor da Agência de Internacionalização e de Inovação, Saulo Gomes Moreira.
Os projetos em cooperação foram autorizados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e terão duração de 12 meses.
Texto e fotos: Mylena Rocha