Com o objetivo de colaborar na missão de sensibilizar, prevenir e erradicar o feminicídio e a violência contra as mulheres, a Universidade aderiu à campanha #TodasPorElas. A ação é idealizada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), em parceria com o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul e a Assembleia Legislativa Estadual. Atualmente, a campanha é composta por mais de 50 instituições.
Para a diretora de Inclusão e Integração Estudantil da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e coordenadora do Programa Sou Mulher, Luciana Contrera, é papel da Universidade conscientizar e educar sobre as questões que perpetuam a violência contra a mulher. “Ao abordar o feminicídio, estamos contribuindo para a desconstrução de estereótipos e promovendo a reflexão sobre a igualdade de gênero e o respeito aos direitos humanos. Além disso, é um local onde podemos formar profissionais mais sensíveis e comprometidos com a promoção da justiça social e da equidade”, avalia.
A Universidade já possui atuação no combate à violência contra as mulheres e a promoção de um ambiente acolhedor por meio do Programa Institucional Sou Mulher. “[A iniciativa] atua promovendo debates, oficinas e campanhas de conscientização que visam educar e informar a comunidade universitária sobre a importância do respeito às mulheres e sobre os direitos humanos. Ele também oferece apoio às mulheres em situação de vulnerabilidade, incentivando a denúncia de casos de violência e promovendo o acolhimento dessas vítimas com psicólogas na Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis para as estudantes e na Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas para as servidoras”, comenta a coordenadora. “Ao fortalecer as redes de apoio e promover a sensibilização sobre a igualdade de gênero, o Programa ajuda a combater a cultura de violência e a construir um ambiente universitário mais seguro e inclusivo para todas”, completa.
Para a desembargadora Jaceguara Dantas da Silva, idealizadora da campanha e responsável pela Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJMS, a ação colabora para alterações culturais que perpetuam a violência. “O feminicídio é um crime definido pelo assassinato de mulheres e meninas pelo simples fato de serem mulheres. Este fenômeno reflete as desigualdades socioculturais e as violências a que as mulheres são submetidas ao longo da história. A decisão de promover uma ação abrangente surge do reconhecimento de que combater o feminicídio requer uma mudança cultural significativa, com ampla conscientização sobre suas causas e consequências”, explica.
“A campanha reconhece a importância fundamental do apoio das instituições, em especial, às vinculadas ao setor educacional, como as universidades, cujo alcance e impacto social em todo Estado são significativos e contribuem para estabelecer medidas preventivas na área de educação. As universidades possuem um potencial enorme de transformação social, são elas que preparam as futuras gerações de profissionais. Portanto, esse engajamento contribuirá para a construção de uma sociedade mais justa e segura para as mulheres e todas as pessoas”, avalia a desembargadora.
Texto: Alíria Aristides