A Unidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC) do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS/Ebserh) treinou 80 colaboradores administrativos e terceirizados que não têm envolvimento com a assistência direta dos pacientes. “O intuito é multiplicarmos como funciona o fluxo de atendimento da rede municipal diante de um paciente que sofreu AVC, bem como o reconhecimento dos primeiros sintomas”, explica o responsável técnico da Unidade, o neurologista Gabriel Braga. Os treinamentos foram realizados nos dias 7, 14, 21 e 27 de outubro na sala 4 da Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP).
Dia Mundial do AVC
Para conscientizar a população, a Organização Mundial de AVC (WSO) promoveu no dia 29 de outubro o Dia Mundial do AVC. Para marcar a data localmente, a Unidade de AVC do Humap, em parceria com a Unidade de AVC da Santa Casa e a Associação Medica de Mato Grosso do Sul, e com o apoio das Ligas Acadêmicas de Neurociências das Faculdades de Medicina da UFMS, Uniderp e UEMS promoveram a 2ª Jornada Multiprofissional de Combate ao AVC. Um momento para unir forças contra este que é um dos principais desafios de saúde pública e ser superados em nossa população.
Principal causa de mortalidade
Após os anos de pandemia de Covid-19, o acidente vascular cerebral volta a ser a principal causa de mortalidade, segundo os dados do Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil, representando um pouco mais de 100 mil óbitos anuais relacionados à doença.
Não obstante seja uma condição com alta mortalidade, o AVC é a principal causa de incapacidade permanente acometendo, inclusive muitos pacientes em idade produtiva.
Estima-se que 7 a cada 10 pacientes não consigam retornar ao trabalho após o AVC, uma situação preocupante tendo-se em vista que a epidemiologia do AVC também está evoluindo, com 63% dos casos acontecendo entre pessoas abaixo de 70 anos, segundo a Organização Mundial de AVC (WSO).
Primeiro de Campo Grande
O Humap foi o primeiro hospital público de Campo Grande/MS a estruturar uma linha de cuidado ao AVC, e só em 2022 já fez o atendimento de 374 pacientes, sendo que destes 54 conseguiram ser tratados com sucesso com a terapia de revascularização – trombólise e ainda com alto nível de desempenho, com média do tempo porta-tomografia de apenas 15,4 minutos e porta-agulha, ou seja, até o início exato da medicação, de 31,6 minutos.
Apesar destes números, eles representam a minoria dos casos, e muitas pessoas ainda desconhecem que o AVC tem tratamento e que o sucesso do tratamento depende fundamentalmente do tempo. A janela de oportunidade é de apenas 4 horas e 30 minutos desde o início dos sintomas, mas quanto mais rápido o paciente conseguir chegar a um hospital de referência capacitado para o tratamento maiores são as chances de sucesso e de uma vida livre de sequelas.
Sobre a Rede Hospitalar Ebserh
O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap) faz parte da Rede Hospitalar Ebserh desde dezembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, a os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Hospitalar Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.
Fonte: Unidade de Comunicação Social Humap-UFMS/Ebserh