Representantes de 23 entidades que compõem o Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Mato Grosso do Sul, se reuniram no dia 31/10, para retomar as atividades e trabalhar na elaboração da Lei da Inovação.
A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul foi um dos destaques da reunião. Ao lado dos integrantes do Fórum, ela se comprometeu a redigir a Lei da Inovação em 90 dias, por meio da Câmara Técnica de Governança, que deve ser entregue ao governador Reinaldo Azambuja no dia 15 de março de 2018. O documento representa um marco regulatório para a pesquisa de Mato Grosso do Sul. A Fundação de apoio à Pesquisa, ao Ensino e a Cultura (FAPEC) também esteve presente no Fórum.
O secretário Jaime Verruck ressaltou a importância de recomeçar todo o trabalho no fórum. “O grande desafio que colocamos para vocês é de efetivamente nós conseguirmos trabalhar na questão da inovação e, para isso, nós precisamos do nosso marco regulatório que é a Lei da Inovação. Então eu quero colocar aqui esse desafio”, disse durante a abertura do evento.
O objetivo da Lei da Inovação é estruturar um modelo de inteligência estratégica para a sustentabilidade das macropolíticas de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado. A partir desse modelo, espera-se construir um ecossistema de inovação dinâmico que servirá para incrementar as cadeias produtivas com foco no desenvolvimento sócia.
O Reitor da UFMS, Marcelo Turine, destaca que primeira grande reformulação que a legislação estadual necessitará sofrer será conceitual. “O novo marco legal da Inovação no Brasil trouxe alterações conceituais nas estruturas que integram os Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação dentre os quais podem ser destacadas o conceito de ICTs NIT e pesquisador público. Para a academia a última mudança é muito importante, pois grande a mobilidade de pesquisadores, mesmo aqueles que são dedicação exclusiva. A lei estadual de inovação precisa adaptar essas questões para realidade local”, comenta.
O Mato Grosso do Sul está em quinta posição na competitividade nacional e um dos elementos é a inovação. De acordo com o secretário Jaime Verruck, esse dado reforça a importância da Lei da Inovação para o Estado, “É um indicador onde temos uma das piores performance nacional. A nacional já é ruim sob o ponto de vista do indicador, mas nós estamos abaixo. Qualquer ação que a gente faça para melhorar, talvez a gente consiga evoluir o estado nacionalmente em termos de competitividade”.
A Fundação de apoio à Pesquisa, ao Ensino e a Cultura (FAPEC) também esteve presente no Fórum. A Câmara Técnica de Governança foi instituída com quatro representantes, sendo um da pesquisa (Embrapa Gado de Corte), ensino (UFMS), setor público (Semagro) e setor produtivo (Sebrae).
