A nova reorganização administrativa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul foi aprovada na reunião dos Conselhos Superiores (Conselho Diretor e Conselho Universitário), realizada em 20 de janeiro e transmitida ao vivo, via internet, para toda a comunidade universitária.
A inciativa para consolidação da nova estrutura organizacional objetivou principalmente a implementação de um modelo mais eficiente para a gestão da Administração Central das Unidades Setoriais da IES. A proposta priorizou a redução da estrutura da Administração Central, reduzindo seu impacto no orçamento universitário. Com a redução e, eventual reorganização de vários setores, houve a liberação de cargos que servirão de base para as medidas que foram aprovadas nos Conselhos: a divisão de unidades setoriais com um volume muito grande de cursos.
Segundo o Reitor da UFMS, professor Marcelo Turine, o novo organograma da universidade foi pensado para melhorar a identidade e o diálogo institucional; aprimorar os procedimentos educacionais, científicos e administrativos da UFMS – simplificando canais e dando mais agilidade aos processos – e, auxiliar melhor os Câmpus localizados fora da sede. O foco da medida é dar mais atenção aos acadêmicos.
“A nova estrutura da UFMS contempla grande parte das expectativas e anseios da comunidade universitária e está construída dentro do limite das funções disponíveis da universidade. Vale ressaltar que não recebemos mais cargos de direção ou função gratificadas, por isso foi necessário realizar essa reformulação da administração central. Só assim, teríamos condições para criar as novas unidades administrativas e setoriais. Tivemos que cortar “na própria carne” para modernizar nossa estrutura e simplificar procedimentos administrativos, disse Turine.
NOVAS UNIDADES – A fim de efetivar as mudanças institucionais, foram consideradas a criação de unidades setoriais por desmembramento de duas unidades existentes (CCBS e CCHS) e reorganização da estrutura administrativa dos Câmpus. A medida é baseada na necessidade de assegurar as condições de funcionamento das unidades setoriais e manter o padrão adotado nos últimos anos de agrupamento das unidades por área de conhecimento, por meio das criações das Faculdades, Escolas e Institutos.
No caso do CCBS e do CCHS, a proposta é de que os dois centros sejam desmembrados para criação de novas unidade setoriais a partir de critérios técnicos aprovados nos Conselhos. As unidades específicas como clínicas, herbário, etc, serão vinculadas às respectivas unidades.
As Unidades do interior com mais de 1.000 alunos equivalentes, CPTL, CPAN e CPAQ, a proposta aprovada criou o cargo de Assistente de Direção. Além disso, melhorou a função gratificada da Secretaria Administrativa para os seis Câmpus: CPNA, CPNV, CPCX, CPCS e CPAR, bem como criou em cada local uma Secretaria de Apoio para Assuntos Estudantis, que funcionará como uma ramificação da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis. Também foi criada a unidade técnica do Herbário no CPTL e no CPAN, no mesmo formato adotado em Campo Grande.
O relatório que deu base à reorganização institucional começou a ser produzido no mês de novembro 2016, por uma comissão composta por representantes de diversos setores da comunidade universitária. De acordo com a Pró-Reitora de Planejamento, Orçamento e Finanças, Dulce Maria Tristão, a comissão que discutiu a proposta tinha como principal finalidade melhorar a educação, oferecendo mais qualidade aos alunos.
Na avaliação da pró-reitora a reorganização seria o primeiro passo para isso, pois a universidade cresceu muito nos últimos anos, em termos quantitativos.
“Em 2007, nós ofertávamos 2.800 vagas e tínhamos 12.800 matrículas. Hoje, ofertamos mais de 5 mil vagas e temos 16 mil matrículas na graduação. Ou seja, os nossos alunos da graduação não cresceram proporcionalmente ao número de vagas ofertadas na graduação. O que significa isso: nós estamos com um quantitativo de vagas que merece nossa atenção. E nesse sentido, para ocuparmos melhor essas vagas, precisamos nos dedicar mais a melhorar a atividade fim da universidade. Por isso, é fundamental que voltemos a colocar do foco da UFMS onde ele sempre deveria estar: no aluno e na qualidade da educação. Isso foi o que motivou a proposta de reorganização”, explica Dulce.
Em relação a proposta de reorganização institucional da Administração Central, a nova estrutura da UFMS será a seguinte:
- Criação e implantação da Pró-Rreitoria de Assuntos Estudantis (PROAES)
- Criação e implantação da Agência de Desenvolvimento, Inovação e Relações Internacionais (AGINOVA), por meio de junção das Coordenadoria de Relações Internacionais, de Relacionamento Universidade/Empresa e de Relações Institucionais;
- Criação da Agência de Tecnologia da Informação e Comunicação (AGETIC).
- Criação e implantação de novas secretarias na Reitoria com ações transversais na UFMS:
- Secretaria Especial de Legislação e Órgãos Colegiado (SELOC/RTR),
- Secretaria Especial de Educação à Distância e Formação de Professores (SEDFOR), por meio da junção da Coordenadoria de Educação Aberta e a Distância e de Apoio à Formação de Professores.
- Secretaria Especial de Avaliação Institucional (SEAVI);
- Secretaria Especial de Comunicação Social e Científica(SECOM) com competência para gestão das Divisões de Planejamento Visual e Produção Gráfica; Jornalismo e Mídias Sociais; Radiodifusão Educativa; e Editora Universitária.
Houve também a junção das Pró-Rreitorias de Administração (PRAD) e Infraestrutura (PROINFRA); que passa ser a PROADI – Pró-reitoria de Administração e Infraestrutura. A junção da Coordenadoria de Desporto com a Coordenadoria de Cultura e a junção da Coordenadoria de Finanças com a Coordenadoria Contábil do Órgão.
Confira a seguir o novo organograma da UFMS: