Universidade implementa primeira estação de monitoramento do ar na Capital

Na manhã desta segunda-feira, o reitor Marcelo Turine e a vice-reitora Camila Ítavo, estiveram reunidos com os professores do Instituto de Física da UFMS (Infi), Widinei Alves Fernandes e Clovis Lasta Fritzen, juntamente com Eliane Guaraldo, professora de Arquitetura e Urbanismo, e as acadêmicas do curso, Maria Eduarda Ramalho e Giulia Alberto, a fim de formalizar a implantação da primeira estação de monitoramento da qualidade do ar da Capital, na Cidade Universitária.

Na ocasião, foram alinhadas as necessidades estruturais para a ligação do sistema de qualificação do ar, em função dos estudos obtidos no projeto de revitalização da área do monumento símbolo da UFMS, realizados pelas acadêmicas do quinto semestre presentes, em conjunto com as alunas Marcella e Izadora Acosta, sob coordenação da professora Eliane Guaraldo.

Segundo Widinei Alves, a ideia de monitorar a qualidade do ar existe desde a década de 90, mas devido ao alto custo só foi viabilizada através da parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “Uma estação completa chega a custar um milhão e meio. Então por meio da parceria com o Inpe, estamos trazendo a primeira unidade da Capital para a UFMS, e vamos monitorar todos os poluentes que o Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) exige para a qualidade do ar”.

De acordo com o último levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição atmosférica provoca a morte de mais de 50 mil pessoas por ano no Brasil. Diante desse cenário, a estação de monitoramento também visa nortear outras pesquisas no campo científico, assim como oferecer dados para ampliações de políticas públicas.

“Nós sabemos que aqui em Campo Grande, temos um problema com poluição atmosférica, principalmente no período de queimadas e nos meses mais secos. Só que anteriormente tínhamos apenas dados qualitativos, agora poderemos analisá-los de forma quantitativa. Através desse monitoramento a longo prazo, a prefeitura sabendo desses dados ela consegue até aumentar o número de inaladores em postos de saúde”, exemplifica Alves.

A estação na Cidade Universitária será referência para a instalação de outros pontos na cidade. O início do monitoramento está previsto para o mês de maio, após a finalização das análises de inserção estrutural.

Texto e foto: Geovanna Yokoyama (estagiária de Jornalismo)