UFMS e Instituto Arara Azul assinam acordo de cooperação

Nesta quinta-feira, 11, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e o Instituto Arara Azul firmaram um acordo de cooperação para execução de um projeto de pesquisa que visa mapear a distribuição de araras azuis e duas espécies vegetais – manduvi e acuri no Pantanal.

“A Universidade é a casa da ciência. As pesquisas no Brasil ocorrem nas universidades brasileiras. Já há uma trajetória de pesquisas em parceria com o Instituto Arara Azul. Hoje assinamos um acordo de cooperação visando o desenvolvimento de um projeto específico. Esse acordo pode dar condições para que nossas pesquisas possam auxiliar na implementação de políticas públicas na área do Pantanal”, destacou o reitor, Marcelo Turine.

Para a vice-reitora, Camila Celeste Brandão Ferreira Ítavo, a assinatura de acordos como esse fortalece a missão institucional da universidade. “ Os projetos de pesquisa ampliam a formação de jovens, professores e técnicos. Além disso, os trabalhos podem contribuir para tomadas de decisão em áreas de proteção ambiental. Assim, utilizamos o conhecimento produzido na Universidade em benefício do desenvolvimento e conservação do meio ambiente”, ressalta Camila.

O projeto de pesquisa será desenvolvido pelo biólogo e acadêmico do programa de pós-graduação em Biologia Vegetal, Maxwell Rosa de Oliveira, sob orientação da professora Letícia Couto Garcia. Ele conta que inicialmente, iria pesquisar apenas a espécie manduvi. “Após conhecer o trabalho desenvolvido pelo Instituto Arara Azul e conversar com a pesquisadora Neiva Guedes decidimos ampliar a pesquisa”, conta. Para formalização da parceria, Maxwell contou com a intermediação da Agência de Desenvolvimento, de Inovação e de Relações Internacionais (Aginova) da UFMS. De acordo com o biólogo, o objetivo é gerar informação especializada sobre conservação e restauração das áreas nas quais a arara azul e as espécies estão distribuídas.

“Vamos disponibilizar ao Maxwell dados que o Instituto possui desde que foi implantado. Como temos uma equipe pequena, essa parceria é importante, pois, assim, temos a possibilidade de ampliar nossa atuação”, comenta a bióloga Neiva Guedes, presidente do Instituto Arara Azul. Segundo Neiva, o acordo vai possibilitar o desenvolvimento da modelagem sobre as araras azuis, o manduvi e o acuri – a árvore ninho e a planta que ela se alimenta, respectivamente – para verificar a distribuição original dessas espécies, as inter-relações delas na natureza e usar essas informações para futuros programas de recuperação de áreas degradadas.

 

Texto: Vanessa Amin

Fotos: Leandro Benites