Nesta quarta-feira, 26, foram entregues os certificados aos 82 trabalhadores terceirizados que participaram de capacitação do Programa Integrado Intersetorial de Colaborador Voluntário, criado pela Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais da Secretaria Municipal de Saúde (CCEV/Sesau), para atuarem no combate às arboviroses. A iniciativa foi realizada em parceria com a UFMS e foi destinada aos colaboradores que atuam na conservação e limpeza da Cidade Universitária.
Os trabalhadores certificados vão atuar na identificação e controle de criadouros do mosquito Aedes aegypti transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana. Eles serão responsáveis por realizar vistorias a cada 15 dias, com objetivo de encontrar possíveis locais que sirvam como criadouros do mosquito, além de remover recipientes ou locais que possam acumular água, e solicitar, quando necessário, ao agente de saúde o tratamento adequado.
Estiveram presentes na cerimônia o pró-reitor da Pró-Reitoria de Administração e Infraestrutura (Proadi) Augusto Cesar Portella Malheiros, o secretário de Saúde de Campo Grande Sandro Trindade Benites, o professor do Instituto de Biociências e presidente da Comissão de Assessoramento de Controle de Endemias Vetoriais, vinculada ao Comitê de Gestão de Contratações e Logística Sustentável da UFMS e coordenador da ação de treinamento Antonio Pancrácio, o chefe de Serviço de Ações Intersetoriais Marcos Luiz de Oliveira e o coordenador CCEV da Sesau Vagner Ricardo dos Santos.
“Muito obrigado a cada um de vocês que participou da capacitação. Isso ajuda muito no âmbito da comunidade universitária. Fiquem certos que o treinamento ultrapassa os limites da UFMS, pois retornamos às nossas residências e, com esse conhecimento aprendido e tendo em mente o valor das técnicas apresentadas, conseguiremos vencer a luta contra algo tão pequeno, um mosquitinho, que pode desequilibrar nossas famílias. Em nome da Reitoria, nossos agradecimentos mais uma vez a todos vocês. Espero que isso renda muitos frutos”, falou o pró-reitor Augusto Malheiros.
O secretário municipal de Saúde parabenizou a Universidade pela parceria. “Agradeço ao pró-reitor pela oportunidade e desejo que vocês possam multiplicar as informações que receberam para de fato ajudarem a Prefeitura e a Sesau no combate a essas doenças. É fundamental e valoroso o serviço que vocês fazem aqui. Muito obrigado por vestirem a camisa da Operação Mosquito Zero”, agradeceu.
“Além da sensibilização, procuramos preparar os colaboradores para operacionalização, ou seja, para que eles saibam localizar os criadouros, identifica-los e o que fazer em seguida: eliminação direta ou indireta”, explicou o professor Pancrácio.
De acordo com o diretor de Gestão de Contratações da Proadi Marcio de Aquino, a parceria tem se solidificado a cada ano. “Temos desenvolvido uma série de ações em parceria com a prefeitura municipal de Campo Grande, por meio da Sesau. Em 2021, capacitamos 40 colaboradores. Já neste ano, conseguimos ampliar o número para 82, resultando em um aumento de 52% na adesão na UFMS. Cada vez mais conseguimos sensibilizá-los em relação à responsabilidade social, socioambiental e sustentável da nossa Universidade e a importância que eles têm para que alcancemos os resultados desejados”, explica o diretor.
Operação Mosquito Zero
De acordo com informações divulgadas pela Sesau, do dia 1º de janeiro a 12 de abril deste ano foram notificados 6.184 casos de dengue e dois óbitos provocados pela doença na Capital. No mesmo período do ano passado foram 6.067 casos notificados e quatro óbitos. Os índices são considerados preocupantes, o que reacende o alerta em relação as medidas de prevenção e controle das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, sobretudo à dengue. Os casos de chikugunya e zika se mantém estáveis. Ainda de acordo com a Sesau, no último mês, houve um aumento de mais de 20% na procura por atendimento nas unidades de urgência e emergência do município em decorrência da doença.
Dados da CCEV revelam que em pouco mais de cinco meses, mais de 55,3 mil imóveis foram inspecionados nas sete regiões urbanas durante a Operação Mosquito Zero. Os trabalhos foram iniciados em 16 de novembro do ano passado e concluídos no dia 31 de março. Cerca de 300 agentes da CCEV/Sesau estiveram mobilizados nas ações. Ao todo foram 39 mil depósitos e 2,6 mil focos eliminados.
O projeto é mais uma ferramenta da Prefeitura Municipal de Campo Grande que propõe estabelecer uma dinâmica operacional que possibilite um melhor controle de depósitos propensos à proliferação dos vetores transmissores da dengue, vírus zika e febre chikungunya nas instituições, garantido que nestes locais não haja focos do vetor.
Seu principal objetivo é instituir a cultura da prevenção, implementando ações compartilhadas entre o poder público e privado, propiciando às empresas envolvidas no processo condições para desenvolverem de modo eficiente o programa de prevenção evitando as doenças de caráter endêmico e epidêmico.
Texto e fotos: Vanessa Amin, com informações da Prefeitura Municipal de Campo Grande