UFMS busca aprovação na CAPES de Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social

dsc_5268Técnicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e professores que participam da coordenação do projeto de Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) estiveram reunidos na tarde de hoje com o Reitor da UFMS, professor Marcelo Augusto Santos Turine.

A proposta do PPGAS foi amplamente apoiada pelo Reitor que destacou a importância da área para a UFMS, única universidade federal do Centro-Oeste que ainda não oferta pós-graduação em Antropologia Social.

“Será uma alegria muito grande conseguir aprovar na CAPES a criação desse curso de Mestrado, nessa área prioritária para o Estado. A pós-graduação é uma prioridade na nossa gestão. Queremos ampliar os cursos, mas também temos como desafios melhorar o conceitos para alcançarmos o 5 em diversas áreas, porque queremos cursos de excelências”, disse o Reitor.

Jorge Eremites de Oliveira, coordenador-adjunto da área de Antropologia e Arqueologia da CAPES explicou que esta visita técnica tem como intuito averiguar a proposta de criação de Mestrado em Antropologia Social na UFMS.

“Mato Grosso do Sul é um dos lugares onde grandes antropólogos trabalharam desde o século XIX, como Darci Ribeiro, Roberto Cardoso de Oliveira, entre outros. Ou seja, o desenvolvimento da Antropologia Mundial se deve também as pesquisas que foram feitas no Estado. Para a área de Antropologia da Capes é muito importante que a instituição tenha um programa de Pós-Graduação para contribuir com o desenvolvimento nessa área no país e no mundo”, afirmou.

Ele lembrou que Mato Grosso do Sul tem uma diversidade muito grande de povos e comunidades. “São mais de 73 mil indígenas, de várias etnias, imigrantes de várias regiões e países, então a Antropologia tem uma contribuição muito grande para compreender essa diversidade, esse patrimônio cultural que existe aqui e também ter uma inserção no que diz respeito à resolução de questões que são tão caras ao desenvolvimento do Estado”, completou Jorge.

Essa é uma proposta, a princípio, de oferta apenas do urso de Mestrado. “Temos na UFMS um curso de Ciências Sociais que atende as áreas de Sociologia, Antropologia e Ciências Políticas e existe nesse curso e em outros como Jornalismo, Educação e Letras, uma demanda em se especializar e aprofundar pesquisas e estudos no campo da Antropologia, que é o campo da cultura, do estudo dos povos tradicionais no Estado, da questão fronteiriça e étnica. É uma realidade que está aí para ser conhecida, amplamente pesquisada”, expôs o professor Álvaro Banducci, coordenador do projeto de PPGAS.

O resultado pela CAPES deve ser divulgado no mês de dezembro. Se aprovado, a expectativa é de abrir o curso de Mestrado no primeiro semestre de 2017, com a oferta de 12 vagas, sendo duas destinadas a indígenas, quilombolas e alunos estrangeiros da Bolívia e do Paraguai.

Serão oito professores, sete da UFMS, um da UFGD e mais dois professores colaboradores renomados na Antropologia nacional: Antônio Carlos de Souza Lima, do Museu Nacional e Jane Felipe Beltrão, da UFPA.