Mantendo o compromisso em se consolidar como uma instituição mais sustentável e eficiente, a UFMS adquiriu, com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura (Fapec), quatro dispositivos para monitorar – em tempo real – o gasto de energia em prédios da Cidade Universitária. A entrega foi realizada na manhã de hoje, 17.
Os dispositivos serão instalados em quatro prédios e o monitoramento será realizado pelas faculdades de Computação (Facom) e Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng), com apoio da Agência de Internacionalização e de Inovação (Aginova). O objetivo é verificar o padrão de consumo desses edifícios, para analisar onde é possível reduzir gastos desnecessários e assim aumentar a eficiência energética do campus.
“Um dos eixos do nosso planejamento estratégico é a questão da sustentabilidade e na sustentabilidade passam as questões ambiental, econômica e social, e o nosso foco é, nesse contexto da sustentabilidade, ter cidades e territórios inteligentes, onde tem que ter automação do processo. Hoje a gente não consegue medir diariamente e monitorar o consumo de energia, então é legal que essa parceria com a Fapec, com a liberação desses equipamentos, vai permitir que nossos laboratórios de pesquisa lá da Faeng, junto com a Computação, consigam analisar para nós, nesses quatro prédios, como é que está a oscilação no período noturno, com foco na educação do processo de uso dos equipamentos que estão no prédio, para redução do uso de energia”, afirmou o reitor Marcelo Turine. “À noite não pode ficar um prédio com todas as luzes ligadas, por exemplo, consumindo um volume igual do dia, então esse equipamento faz com que a própria Universidade carimbe esses prédios como prédios mais sustentáveis e mais inteligentes, do ponto de vista da tecnologia e da sustentabilidade como um todo”, completou.
Os dados coletados pelos equipamentos serão automaticamente enviados para um software que permite a gestão das informações adquiridas. Dessa maneira, será possível saber em quais momentos o consumo de energia é mais intenso, o que permite a criação de rotinas e procedimentos que otimizem o uso energético nas edificações da Cidade Universitária.
“À medida que a gente tem acesso à informação em tempo real de como está a situação do consumo de energia em cada uma das edificações, a gente tem condição de implementar ações que possam minimizar esse consumo, no sentido de tornar mais racional – não simplesmente reduzir por reduzir, mas tornar consumo mais racional, mais eficiente. O princípio de tudo é a eficiência energética”, reforça o diretor da Aginova, Saulo Gomes Moreira.
A sustentabilidade é uma das mais importantes metas da UFMS para a gestão atual, sendo inclusive adicionada ao estatuto institucional como uma de suas premissas de atuação. De acordo com Saulo, o monitoramento energético é só o primeiro de uma série de passos a serem tomados nessa direção. “Na sequência a gente vai ter monitoramento do consumo de água em tempo real nos prédios também, o controle do sistema de iluminação – tanto das vias externas quanto internas -, controle dos sistemas de ar-condicionado… é um conjunto de ações voltadas para a sustentabilidade da UFMS”, declarou.
Para a diretora-presidente da Fapec, Nilde Brun, é importante que a Fundação e a Universidade estejam alinhadas em seus objetivos para que possam promover em conjunto ações como esta, que prevalecem a sustentabilidade e o meio ambiente. “A Fapec, como ela é fundação de apoio da Universidade, nós temos que estar muito alinhados e muito ligados em tudo o que a Universidade está fazendo e propondo, e a questão da sustentabilidade é uma pauta não só importante para o mundo em que nós estamos vivendo, mas para a gestão da Universidade e com certeza para a gestão da Fapec, então nós estamos investindo em prédios inteligentes e essa parceria com a Fapec é para que a gente também pudesse estar junto com a UFMS no projeto. Nós aceitamos esse desafio e estamos investindo nessa questão do monitoramento para que a gente possa evoluir e, quem sabe, ter uma Universidade inteligente e, consequentemente, também a Fundação trabalhar na mesma linha que a Universidade Federal”, disse.
Os quatro prédios em que os equipamentos de monitoramento estão sob análise e em breve serão definidos oficialmente.
Texto: Leticia Bueno