Seminário on-line da Andifes aborda Ações Afirmativas

Durante a manhã de hoje, 10, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) realizou o seminário “Ações Afirmativas: Avaliar Para Avançar”. A transmissão foi feita ao vivo no canal da Andifes no YouTube.

O evento virtual marca o início de uma avaliação sobre os efeitos das políticas públicas de ações afirmativas, tendo como referência a Lei nº 12.711, de 2012, chamada Lei de Cotas. Promulgada em 2012, a lei passará por uma revisão que pode extinguir as cotas em 2022.

“A intenção é que todas as nossas universidades pautem essa discussão em suas instâncias, porque temos pela frente uma disputa para avançar nessa importante legislação, que mudou toda a configuração de nossas instituições. Conseguimos ver o tanto que a Universidade mudou, o tanto que a percepção e nossos marcos internos avançaram em relação às Ações Afirmativas em todos os aspectos. Tudo isso tornou a Universidade muito mais inclusiva e muito mais rica, e tem permitido reflexões sobre as Universidades como verdadeiros agentes de transformação e de desenvolvimento”, apontou o presidente da Andifes, reitor da UFG, Edward Madureira.

A vice-reitora da UFMS, Camila Ítavo, acompanhou o seminário e elogiou a iniciativa da Andifes por tratar de um tema muito desafiador para as universidades. “Aqui na UFMS tivemos grandes avanços nos últimos cinco anos nessa questão das ações afirmativas e amadurecemos muito os processos e o entendimento sobre as necessidades específicas de grupos tão distintos. Mas sabemos que ainda temos um longo caminho de mudanças culturais e consolidação dessas práticas, que reconfiguraram e reconfiguram as relações dentro da universidade”, esclareceu.

A 2ª vice-presidente da Andifes, reitora da UFSB, Joana Angélica Guimarães da Luz, lembrou que “apesar dos avanços temos algumas questões de gargalo que são naturais em processos dessa natureza como a heteroidentificação, o que mudou ao longo desses 10 anos e o que podemos avançar nessa temática; como a implementação dessa Lei impactou na educação básica; o que mudou nas Universidades com a chegada desses estudantes e o que mudou nas comunidades de origem deles; onde estão essas pessoas hoje; entre outras”.

A professora Nilma Lino Gomes (UFMG) que ministrou palestra no evento iniciou falando sobre a pandemia. “Ter a iniciativa de discutir as políticas de Ações Afirmativas com o objetivo de avaliar para avançar significa para a Andifes e as Instituições Públicas de Ensino Superior um posicionamento político e público de luta pela igualdade e equidade no Ensino Superior, tão atingido pelos efeitos dessa pandemia”, ressaltou.

 

Texto: Ariane Comineti

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