Até o dia 7 de junho, será realizada a Semana de Arrecadação de Lixo Eletrônico, na Cidade Universitária. Dentre os materiais que podem ser entregues estão computadores, notebooks, tablets, celulares, mouses, teclados, videogames, equipamentos eletrônicos e eletrodomésticos de pequeno porte, tanto em funcionamento quanto não, assim como parte de itens eletrônicos. Os únicos materiais que não podem ser doados são televisores de tubo e lâmpadas.
A entrega pode ser feita pela comunidade universitária e pelo público externo, na Faculdade de Computação (Facom), das 7h30 às 11h30, das 13h30 às 17h30 e das 18h30 às 21h.
A iniciativa faz parte do projeto de extensão coordenado pela professora da Facom, Luciana Montrera Cheung. Todo o montante recebido será triado por seis estudantes que participam da extensão, e que desenvolveram um olhar crítico para avaliar cada máquina individualmente. Aquelas que tiverem funcionamento parcial, por exemplo, serão desmontadas para compor outras e, ao fim da semana, uma empresa parceira da UFMS recolhe os equipamentos em desuso para realizar o descarte efetivo.
“A destinação correta faz com que, primeiro, fomente a logística reversa, que se aproveite os equipamentos, ou parte dos equipamentos ou que se extraia componentes que vão poder voltar ao mercado, sem de fato gerar descarte. Essas empresas são aptas a fazer todo esse processamento e, por fim, o que não puder ser reaproveitado vai ser encaminhado para os aterros próprios para este tipo de material”, relata a professora
O diretor de Desenvolvimento Sustentável, Leonardo Chaves de Carvalho, afirma que a semana foi criada com o objetivo de despertar a consciência dos estudantes, servidores e da comunidade externa a adotarem práticas adequadas de reciclagem e descarte. “É importante conscientizar e educar as pessoas sobre a importância de descartar corretamente o lixo eletrônico e promover a responsabilidade compartilhada na gestão adequada desses resíduos”.
O cuidado com o lixo
Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos, em 2021, foram recolhidas 1.960 toneladas de eletroeletrônicos em 4.229 pontos de coleta espalhados pelo Brasil. Ao pensar no manejo destes equipamentos, é preciso que dados e informações padronizadas sejam disponibilizadas para a população, assim como a disseminação de informação sobre os postos de coleta em cada município, apenas assim a taxa de arrecadação será ainda maior, alcançando metas nacionais.
“Os resíduos eletrônicos possuem componentes tóxicos em suas estruturas, como mercúrio e chumbo, e quando descartados incorretamente, podem causar uma série de impactos negativos no meio ambiente e na saúde humana, como, por exemplo, a poluição do solo, dos lençóis freáticos, liberação de gases de efeito estufa, doenças respiratórias e até o câncer. Interessante também observar que os dispositivos eletrônicos contêm materiais valiosos, como metais preciosos e plásticos de alta qualidade, que podem ser reciclados e reutilizados. No entanto, quando o lixo eletrônico é descartado incorretamente, esses recursos valiosos são perdidos. Além disso, a extração de matérias-primas para a fabricação de novos dispositivos eletrônicos causa impactos ambientais negativos”, reforça o diretor.
Texto: Agatha Espírito Santo