Entre os dias 2 e 6 de outubro, a 2ª Semana da Arte Rupestre debate o potencial arqueológico de Mato Grosso do Sul, no município de Alcinópolis. O evento oferece oficinas, palestras, consultas públicas, escavações, mesas redondas e até mesmo visitação a pontos estratégicos do município, com direito a certificação ao final das atividades.
A diretora de Popularização da Ciência, da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Esporte, Lia Brambilla Gasques, explica que o estado tem grande potencial para a arqueologia. Isso porque, dos 79 municípios, 16 possuem registros de pinturas e gravuras de arte rupestre. “A popularização do conhecimento científico não será apenas para estudantes, e sim para toda a comunidade, o que causará a efetivação do sentimento de pertencimento deste cidadão em seu bairro, cidade e na sociedade em geral. Além disso, uma comunidade consciente do seu patrimônio cultural, histórico e natural pode se apropriar disso para seu sustento e desenvolvimento da região norte do estado, que segue pouco industrializada”.
A região Centro-Oeste como um todo também possui este patrimônio. “As artes rupestres são representadas por figuras zoomorfas, como onças, peixes, veados, tatus, aves e répteis diversos e antropomorfas semelhantes aos homens, inclusive interligando as regiões de MT, MS, DF GO através das coincidências geológicas, arqueológicas e de fauna e flora local pertencentes ao bioma Cerrado. Por que não aproveitar este potencial cultural e identitário para dar uma identidade aos produtos locais, além de empoderar seus cidadãos locais sobre suas origens e cultura?”, instiga Lia.
As inscrições são abertas ao público e podem ser feitas até o primeiro dia do evento, de forma gratuita, neste formulário on-line. A Semana ocorre em conjunto com o 1º Encontro de Arqueologia e do 3º Workshop da Trilha Rupestre.
A iniciativa é resultado de uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Alcinópolis, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Meio Ambiente, a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul e a UFMS.
Texto: Agatha Espírito Santo