SBPC Jovem: UFMS realiza exposição de acervo e desenvolve atividades interativas

 Como parte da programação da SBPC Jovem, as universidades, centros universitários e instituto federal trouxeram diversas atividades e mostras científicas. Os visitantes poderão conferir tudo nos estandes montados nas quadras cobertas da Cidade Universitária (ver mapa).

Em seu espaço, a UFMS disponibilizou peças de acervos de coleções e museus, além de projetos institucionais e desenvolvidos em parceria com outras instituições. O Museu de Arqueologia (Muarq), por exemplo, trouxe 57 peças de cerâmica arqueológica e líticos. “Entre as peças estão algumas do sítio Alto Sucuriu, considerado o mais antigo do estado, cuja datação é de 12 mil anos”, explica Lia Raquel Toledo. “Também trouxemos uma atividade interativa e que tem atraído a atenção de crianças, principalmente. Montamos um espaço com mini-escavação, no qual as crianças podem procurar pelas réplicas de material lítico lascado”, comenta.

O Museu de Anatomia também está presente com cerca de 40 peças. “Montamos uma bancada para explicar aos visitantes como é feito o processo de produção do material plastinado, que ajuda na preservação das peças”, explica o acadêmico de Odontolgia, Nilton Chukelu. “Aqui, estão expostas peças, principalmente, da cabeça e pescoço, mas também tem uma que chama muito a atenção das pessoas, que é o feto xifópago”, explica. De acordo com o estudante, o estande tem despertado a curiosidade das crianças. “Algumas pessoas ficam surpresas quando dizemos que são peças verdadeiras e não reproduções. As crianças e adolescentes também interagem bastante, perguntando sobre a nossa profissão”, comenta. Cada bancada está organizada de modo a agrupar uma região do corpo, por exemplo, há uma bancada com ênfase na cabeça, outra com ênfase no ouvido, tórax, e também há peças de animais plastinados.

Outro espaço que chamou a atenção nesta quinta-feira, foi o Laboratório de Anatomia Vegetal. “Trouxemos algumas mostras para explicar a anatomia geral de plantas, especialmente de madeira, lâminas de folhas e flores, em sua maioria de espécies da nossa região, especificamente do Pantanal”, conta a acadêmica Tamires Yule. Ela relata que as pessoas que visitaram o espaço interagiram bem. “A cada dia, os laboratórios do Instituto de Biociências, revezam-se para que possamos trazer sempre uma exposição diferente”, comenta.

De Três Lagoas, vieram os grupos PET Conexão de Saberes Matemática e PET Matemática. O grupo de acadêmicos trouxeram ao estande oficinas de geogami (ensino de geometria, com construção de sólidos geométricos a partir de técnicas de origami), jogos para ensino de raciocínio lógico (peças de madeira com diferentes desafios que envolvem a lógica), jogos para o ensino de números e operações (tabuleiro com propostas diversas e graus variados de dificuldade) e estudo do teorema de Pitágoras com auxílio de quebra-cabeças. “Os visitantes têm interagido bastante, além de participarem das atividades eles também conversam conosco. As crianças são as mais animadas”, relata o acadêmico Gerson Farias.

O Instituto de Biociências também levou ao estande peças as coleções do Herbário e Zoologia. “Temos aqui representantes de animais e plantas das principais espécies encontradas no Mato Grosso do Sul”, destaca o técnico Thomaz Sinani. “Além disso, montamos uma bancada para mostrar aos visitantes como são feitas as peças. Falamos de alguns mitos e curiosidades que envolvem a fauna e flora. Entre as curiosidades, trouxemos a menor planta aquática do mundo, que pode ser observada com o auxílio de um microscópio”, explica. De acordo com Thomaz, no local os visitantes podem conhecer algumas plantas que não são vistas rotineiramente, como o guaraná, além de outros frutos. Eles também ressaltam a importância de coleções como as do Herbário e Zoológica para a ciência.

O projeto Leishnão também está presente na SBPC Jovem. Realizado por acadêmicos de graduação e pós-graduação de diversos cursos da área da saúde da UFMS, o projeto tem como objetivo executar ações de educação em saúde para a prevenção e controle da leishmaniose visceral. Entre as atividades levadas para a tenda científica estão a realização de atividades educativas e exposição sobre prevenção e características da leishmaniose em humanos e cães; distribuição de material informativo, apresentação da leishmania, jogos, entre outras ações. “Trouxemos também nossos ‘mascotes’ que interagem com o público e auxiliam na conscientização e esclarecimento das dúvidas”, comenta a professora Juliana Galhardo, coordenadora do projeto.

Outra atividade do estande da UFMS que chamou atenção do público foi a que envolve a parceria com a Universidade Federal da Amazônia (UFAM) para o desenvolvimento do projeto Cosmos. “Para a SBPC trouxemos uma exposição relacionada a temática das constelações”, explica Carlla Viena da UFAM. As atividades propostas permitem ao público conhecer um pouco mais sobre a localização das estrelas, além de visualizarem em uma maquete o caminho das constelações a partir de diferentes partes do globo, os movimentos de translação e rotação da Terra e a sua relação com a observação das constelações nas diferentes estações do ano.

“Aqui também é possível ter uma ideia do mapeamento do céu e alinhamento das constelações. Entregamos para cada uma das pessoas que nos visitam um mapa com as estrelas e também propomos como atividade que as crianças façam suas próprias constelações, a partir da união de pontos em uma folha de papel”, explica Carla. O acadêmico da UFMS Emmanuel Lemos também destacou uma outra atividade realizada no estande que envolve um desafio ao final das apresentações. Esse desafio consiste em identificar as constelações a partir da projeção luminosa em uma folha de papel. “Crianças e pais têm participado bastante e demonstram muita curiosidade. Ficamos satisfeitos em ver que após as explicações, eles vão super bem no desafio final, isso significa que aprenderam conosco. Além disso, destaco a grandiosidade do evento e o momento especial para que possamos interagir e fazer novas amizades com estudantes de outras instituições”, relata Emmanuel.

 

Texto e fotos: Vanessa Amin