Foi realizada hoje, na SBPC Afro e Indígena, a mesa-redonda “Violência e desterritorialização: indígenas, quilombolas, agricultores familiares e o crescimento de tensões sociais no campo brasileiro”.
O objetivo da mesa-redonda era debater a violência gerada pela falta de demarcação das terras dos povos e comunidades tradicionais. “Houve um crescimento bastante grande de assassinatos no campo, então essa elevação faz com que o tema se torne importante de ser debatido”, afirma Thereza Cristina Cardoso Menezes, pesquisadora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
O coordenador da mesa-redonda, Sérgio Luís Carrara, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), ressalta a importância do tema. “Grande parte dos processos de demarcação, de garantia de direito à terra, é baseado num conhecimento produzido pela Antropologia, seja em relação as comunidades quilombolas ou povos indígenas, por exemplo. Então, é uma mesa muito importante que bota em debate esse conhecimento neste momento onde se rediscute o acesso à terra e esses direitos”.
Texto: Leticia Bueno