Sala Verde da UFMS é inaugurada no Museu de Arqueologia

Na manhã desta terça-feira, 14, foi realizada a inauguração da Sala Verde no Museu de Arqueologia (Muarq) da UFMS, resultado da certificação da Universidade junto ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. O novo espaço integra-se a outras 94 salas verdes que existem em todo o Brasil. A cerimônia foi prestigiada por membros da equipe de gestão, estudantes, professores e técnicos-administrativos da Instituição e alunos da Escola Estadual Indígena Guilhermina da Silva, localizada na Aldeia Aldeinha, em Anastácio.

O espaço receberá atividades como palestras de educação ambiental, reuniões relacionadas à sustentabilidade e outras programações, representando mais um passo da Universidade em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A iniciativa promove a articulação entre o ensino, pesquisa, extensão e inovação desenvolvidos por universidades e outras instituições com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas.

O reitor Marcelo Turine esteve presente na cerimônia e destacou a importância do espaço socioambiental, integrado ao Muarq, para a formação de alunos e professores da educação básica. “O Museu tem uma riqueza imensa, é um apelo, é uma curiosidade, as crianças amam saber um pouquinho da história, da arqueologia. Eu fico muito feliz de integrar o Museu, esse movimento arqueológico e paleontológico, junto com uma sala verde, um programa inédito no Brasil. Isso fortalece cada vez mais, eu acredito, o ponto de vista educacional. Se nós estamos num mundo digital, o mundo digital é atrativo, mas aqui nós vamos ter um mundo digital integrado com o mundo histórico, arqueológico, de formação socioambiental”, ressalta.

O diretor de Desenvolvimento Sustentável (Dides), Leonardo Chaves de Carvalho, explica que a Sala Verde da UFMS é um dois oito espaços educacionais aprovados no Mato Grosso do Sul em 2023. “O objetivo dela é promover a educação ambiental, promover a conscientização, tanto da população externa, quanto também da nossa comunidade universitária. A Sala Verde é um espaço de debate, um espaço formador, educação não formal, sobre sustentabilidade, meio ambiente e desenvolvimento sustentável”, pontua.

A responsável técnica pelo Muarq, Laura Pael, afirma que uma das primeiras ações promovidas pelo novo espaço será uma oficina sobre compostagem, com a participação de professores da UFMS e aberta à comunidade universitária. “Nosso público principal que vai ser atendido nesse primeiro momento são as crianças que participam do Museu de Arqueologia, mas também teremos oficinas, palestras, formação de professores, cursos. É uma sala aberta à comunidade, a todos os acadêmicos e alunos”, complementa.

Durante a cerimônia, os participantes também puderam apreciar quadros da exposição Caminhos da Criação: Diálogos entre a Narrativa Terena e a Arte Aldravista, desenvolvida por alunos da Aldeia Aldeinha. Eles foram desafiados a mesclar elementos da narrativa terena e da arte indígena (grafismo), caracterizada pela precisão dos traços, com a arte aldravista, totalmente livre. Ao todo, 17 obras estão expostas na Sala Verde.

A coordenadora da Academia Brasileira de Autores Aldravianistas Infantojuvenil de Anastácio, Flavia Rohdt, acrescenta que o objetivo da exposição foi fortalecer a questão étnica entre os alunos indígenas. “Fizemos um diálogo sobre a narrativa da criação do povo terena. Então, a gente tem aí uma história do surgimento desse povo, que é muito interessante. E os alunos foram desafiados. No mês de março, nós desafiamos eles a pegar um elemento do mítico da narrativa e passar para a tela”, explica.

Os interessados em participar das atividades na Sala Verde podem realizar agendamento e verificar a programação por meio da página da Dides ou diretamente com o Muarq.

Texto: Elton Ricci

Fotos: Álvaro Herculano