Composta por dez municípios, a macrorregião de Três Lagoas, que também congrega Selvíria, Brasilândia, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Cassilândia, Aparecida do Taboado, Paranaíba e Inocência, não escapa a disseminação crescente pelo Coronavírus.
Relatório técnico de análise dos indicadores e do índice de morbimortalidade da Covid-19 na macrorregião de saúde de Três Lagoas, recém-publicado por pesquisadores da Rede Geográfica da Covid-19 em Mato Grosso do Sul, aponta que a baixa testagem é uma das principais limitações para realização de um adequado diagnóstico da situação.
“É importante que a gestão se empenhe no enfrentamento da pandemia com investimentos em testagem massiva da população e combate à subnotificação, além de atenção aos aspectos geográficos e socioterritoriais de cada município e da própria macrorregião que facilitam a disseminação do vírus, de modo que as análises sejam cada vez mais próximas da realidade reduzindo o número de mortes evitáveis”, diz o professor do Campus de Três Lagoas Mauro Henrique Soares da Silva, um dos responsáveis pelo relatório que também tem a parceria da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB).
O relatório apresenta Indicadores Compostos de Morbidade, Mortalidade e de Aumento da Taxa de Incidência da doença e a construção do Índice de Morbimortalidade por Covid-19.
De acordo com os pesquisadores, o município de Bataguassu apresentou uma leve queda de casos confirmados, mas ainda se apresenta no nível de Alerta quatro, o que sugere medidas severas evitando deslocamentos desnecessários e apenas os essenciais, de modo a garantir a manutenção da queda da contaminação.
“Temos a evolução da contaminação nos municípios de Água Clara, Três Lagoas e Aparecida do Taboado, os quais estão apresentando crescimento acentuado de casos confirmados, sendo que a situação dos dois últimos os classifica como nível de alerta três, exigindo, além das medidas preventivas básicas e da restrição de aglomerações, aplicar procedimentos para restrições de mobilidade, como por exemplo toques de recolher e limite de funcionamento de comércio e serviços não essenciais”, explica o professor Mauro.
Além disso, sete dos dez municípios da macrorregião de Três Lagoas estão nos níveis de alerta igual ou superior a dois, “o que evidencia a necessidade de políticas públicas coletiva entre os municípios da macrorregião de modo a evitar o colapso do sistema de saúde”.
Veja abaixo o relatório na íntegra.
Texto: Paula Pimenta