Reitor prioriza bolsas, auxílios e terceirizados. MEC reduz bloqueio

Em reunião realizada na manhã de hoje do Conselho Universitário, o reitor Marcelo Turine anunciou a priorização no pagamento de bolsas, auxílios e terceirizados da UFMS, mesmo com o bloqueio no orçamento. No final da tarde de hoje, o MEC informou que o bloqueio foi reduzido de 14,5% para 7,2%, o que significa na UFMS que o valor bloqueado será de R$ 6,5 milhões, ao contrário dos R$ 13 milhões divulgados anteriormente.

A pró-reitora de Planejamento, Orçamento e Finanças, Dulce Tristão, apresentou na reunião do COUN o quadro orçamentário da UFMS para 2022 e enfatizou a determinação da Reitoria de manter todos os pagamentos de bolsas, auxílios e terceirizados.

Na tarde ontem (2) o reitor Marcelo Turine e a vice-reitora Camila Ítavo também se  reuniram com integrantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e Centros Acadêmicos para explicar o bloqueio, tranquilizar os estudantes e combater a desinformação.

O reitor Marcelo Turine e a vice-reitora Camila Ítavo pediram a colaboração dos estudantes para combater a desinformação

Turine afirma que os bloqueios promovidos pelo Governo Federal acontecem anualmente, desde 2016 – a única exceção foi o ano de 2019. “Algumas universidades já estão falando em afetar a assistência estudantil, mas nós temos autonomia  para decidir onde aplicar esse bloqueio. A nossa diretriz é priorizar os estudantes”.

“Peço que vocês também conversem com seus colegas, que vocês podem ficar tranquilos para estudar. Tem muita gente que vem de fora e fica preocupado com o pagamento dos auxílios, mas podem ficar tranquilos. Se dediquem e foquem nos estudos, no projeto de vida de vocês”, enfatizou a vice-reitora. 

Dulce detalhou as diferenças entre bloqueio e corte, termos que, segundo ela, costumam confundir a comunidade universitária. Ela explica que o bloqueio significa que o recurso não pode ser utilizado agora, mas que pode ser desbloqueado no futuro. Já o corte é o termo utilizado para quando o dinheiro foi, de fato, retirado do orçamento.

“A Universidade não bloqueará, nem reduzirá os recursos para os auxílios estudantis. Os auxílios do Programa Nacional de Assistência Estudantil  serão mantidos, com todos os valores, além de bolsas e contratos com terceirizados”, disse a pró-reitora. 

“O bloqueio gerou uma preocupação sobre cortes nos auxílios estudantis. O nosso gasto mensal é de cerca de R$ 1,2 milhão, mas temos a garantia de que não haverá nenhum prejuízo neste sentido. Garantimos que os auxílios e bolsas serão pagos até o final do ano”, frisou o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Albert Schiaveto de Souza.

O presidente do DCE, Wellington Idino, agradeceu o esclarecimento sobre o bloqueio de recursos. “Eu acredito que o meu papel é levar, de forma franca, o que acontece na Universidade aos acadêmicos. Achei legal terem nos convidado para falar sobre o assunto, de que poderemos manter os estudantes aqui na UFMS, principalmente os que estão em vulnerabilidade”.

Texto: Mylena Rocha

Fotos: Marcelo Calazans