A rádio Educativa UFMS 99.9 está completando sete anos no ar neste mês de junho. O aniversário será comemorado com nova programação musical e informativa, além de uma vinheta especial que celebra as características que diferenciam a emissora da Universidade e a transmissão ao vivo direto do Corredor Central, na Cidade Universitária.
A diretora da Agência de Comunicação Social e Científica (Agecom), Rose Mara Pinheiro, explica que a rádio é uma conquista da comunidade universitária, uma concessão de canal FM da Empresa Brasil de Comunicação e faz parte da Rede Nacional de Comunicação Pública, que possui 36 emissoras no país atualmente.
“Desde 2016, a rádio Educativa UFMS 99.9 tem mantido seu caráter educativo, levando informações e programação musical de qualidade, diferenciando-se do mercado em Campo Grande e no estado. Agora, no aniversário de sete anos, a rádio entra num novo período, lançando uma programação ainda mais diferenciada, com uma programação musical pensada e preparada para oferecer uma experiência sonora agradável e repleta de músicas dos melhores compositores, artistas e estilos. Além disso, todo o conteúdo informativo também traz uma tendência moderna e dinâmica, com podcasts dos mais variados temas, intercalados na grade musical. Tudo isso para oferecer a melhor programação para os melhores ouvintes”.
A secretária de Rádio, TV e Mídias Sociais da Agecom, Wendy Tonhati, comenta que a Educativa UFMS tem acompanhado as mudanças que ocorrem no mundo e está sempre atenta com a nossa comunidade universitária. “Agora, estamos em um momento de novidades em que a Rádio Educativa UFMS está diversificando a forma de se comunicar, levando informação jornalística em diversos formatos, como os boletins informativos e os podcasts, oferecendo conteúdo jornalístico de qualidade, com a participação dos nossos pesquisadores e que estimula a reflexão e a formação cidadã da comunidade interna e externa.”
O diretor de programação da rádio Educativa UFMS, Maciel Dias, conta que a sua criação era um objetivo antigo da Instituição, que foi alcançada quando a rádio foi implantada. “O objetivo era levar mais longe, para a população, tudo aquilo que é produzido dentro da Universidade. A programação foi pensada para ser uma alternativa para as pessoas, algo diferente do que todas as rádios estavam apresentando. Musicalmente uma alternativa para os ouvintes, levando também uma programação com informação e entretenimento”.
“A rádio continua com os mesmos objetivos, levar conhecimento, levar a produção da Universidade para as pessoas, ser ainda essa alternativa musical, alternativa cultural no rádio. E cada vez mais ela está crescendo, amadurecendo e se atualizando no ar”, comenta o diretor.
De acordo com a diretora da Agecom, ao longo de todos esses anos a UFMS investiu em levar conhecimento produzido em todas as áreas a fim de alcançar não apenas a comunidade universitária, mas também a sul-mato-grossense. A rádio foi criada como um ambiente de experiência e aprendizagem, que abre espaço para que professores, pesquisadores e estudantes possam apresentar seus estudos, projetos e ações. “Por isso, a rádio é uma ação de extensão por excelência e fortalece a cidadania e a missão social da Universidade, como uma instituição pública, plural e diversificada. Temos um papel fundamental do Conselho Consultivo da Rádio Educativa que aprova as diretrizes para todas as ações da emissora e garante essa pluralidade essencial para o nosso trabalho. Outro ponto fundamental é que a rádio é feita a várias mãos, valorizando a colaboração e a interação tanto com o ouvinte quanto com a comunidade universitária”.
A rádio possui uma torre de transmissão de 60 metros de altura e está instalada perto do bloco 6, no setor 1, da Cidade Universitária. O transmissor é de 1 KW, o que garante o alcance a todas as regiões de Campo Grande. Com equipamento totalmente digital, ela possui um estúdio para transmissão ao vivo e dois estúdios para gravações, além de uma redação.
“Para a comunidade universitária é um projeto capaz de contemplar diversos cursos não somente na produção de conteúdo, mas também divulgando projetos de pesquisa e de extensão. Além disso, uma rádio educativa pública tem um papel importante na concepção musical, pois toca muito mais música brasileira e pode focar em ritmos mais regionais e que fogem do que já toca massivamente nas emissoras comerciais. Para a comunidade externa acredito que a emissora contribui com conteúdo e música de qualidade. A pandemia e o processo de desinformação que vivemos evidenciaram que a informação credenciada, bem apurada, é essencial para toda sociedade”, enfatiza a professora Daniela Ota.
“Tem uma coisa que eu gosto muito na rádio, e eu não me canso de falar isso, é que ela tem personalidade. A impressão que tenho é que ela não passou naquela ‘maquininha’ de padronizar os locutores, porque você roda o Brasil inteiro e parece que o locutor é o mesmo, porque ele fala sempre do mesmo jeito, com as mesmas gírias, e eu vejo na locução da nossa rádio que ela não se molda nos padrões das rádios comerciais”, afirma o professor Paulo Robson.
“Na questão da música, principalmente, que é o que mais nos afeta, a rádio tem um repertório variado, tem música regional, MPB sendo tocada. Não ouvimos a mesma coisa que costumamos ouvir nas outras rádios FM, para mim é sempre um prazer sintonizar na rádio quando estou no carro porque sempre tem coisas novas, arranjos diferentes que são ricos, e como músico eu gosto de ouvir arranjos ricos, que é o que a rádio toca”, conta o professor Geraldo Damasceno.
Para Paulo Robson, é o caráter educativo-cultural que traduz o diferencial da emissora. “É isso que faz com que a diversidade musical esteja presente em Campo Grande, porque se todos tocassem apenas música sertaneja a nossa vida seria ruim. A música da rádio é tão diferenciada que, por exemplo, o nosso samba do sábado de manhã é raiz. Parabéns aos programadores, porque mesmo o samba é diferenciado, busca Paulinho da Viola, Cartola, esses artistas que são os pilares da música brasileira. Acredito também que seja uma das únicas que tem as manhãs praticamente inteiras dedicadas à MPB, e isso é maravilhoso, as novas gerações que não conheceram Gonzaguinha, Ivan Lins, Maria Bethânia e Gal Costa, têm agora a chance de conhecê-los”, reforça.
A rádio Educativa UFMS 99.9 está disponível tanto pela página quanto pelas ondas do rádio e os ouvintes podem enviar sugestões, dicas e pedidos musicais.
Texto: Agatha Espírito Santo