Um dos eixos estratégicos do plano de contingência da UFMS é o cuidado com as pessoas e durante essa fase delicada de adaptação ao isolamento social, é preciso atenção redobrada uns com os outros e com nós mesmos.
Com isso em mente, a psicóloga Ana Lúcia de Souza foi consultada pela Rádio Educativa sobre quais atitudes podemos tomar para facilitar o cotidiano na quarentena, momento em que a rotina profissional foi alterada com a implantação do teletrabalho e os estudantes passaram a ter estudos dirigidos utilizando tecnologias ao invés de aulas presenciais.
Segundo a psicóloga, é importante estabelecer uma nova rotina com horários de trabalho e lazer bem definidos. “Separar tempos específicos para as atividades de lazer, sejam as redes sociais ou de notícias mesmo, e tempos específicos para as ferramentas exclusivas de trabalho. Não dá para ficar acessando uma e outra coisa o tempo todo, acho que a gente precisa ter foco e determinar tempos específicos para cada uma dessas ferramentas, porque todas elas têm um lugar”, afirma.
Para as pessoas que estão encontrando dificuldades em se concentrar, Ana Lúcia sugere intervalos eventuais entre as tarefas. “Fazer pequenos intervalos na jornada de trabalho e de estudos também é importante se a pessoa tiver alguma dificuldade de concentração”.
Ela alerta que a organização das atividades diárias é essencial, para que não se tente fazer muito em apenas um dia, pois isso pode gerar frustração. “É preciso cuidar também das metas muito exageradas, porque a gente pode dividi-las em etapas e ir cumprindo parte a parte cada uma delas, sem que a gente tenha que resolver uma montanha de coisas de uma só vez”.
Essas dicas são importantes para que o cérebro compreenda a separação do que é lazer e do que é dever, e para manter a saúde mental em equilíbrio, não se pode esquecer de realizar atividades prazerosas e, se for preciso, adaptá-las para este momento de quarentena. “Eu acredito que fazer as coisas que a gente gosta, principalmente em casa, vai ser definitivo para a gente manter a nossa saúde mental equilibrada e entender que o convívio com os nossos familiares também pode facilitar essas relações”, conta Ana Lúcia.
Uma das maneiras de lidar com esse período é ter em mente que eventualmente o dia a dia voltará ao normal. “Acredito que o princípio de tudo é a gente perceber que esse período é transitório, que em algum momento a gente vai conseguir retomar as nossas rotinas, as nossas atividades, da forma como a gente gostaria que elas acontecessem”, reforça a psicóloga.
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Texto: Leticia Bueno