Projeto dá continuidade as ações desenvolvidas em 2019

Projeto visa à popularização dos estudos sobre a Antiguidade, sociedades pré-históricas e medievais

Nesta terça-feira, 7, será realizada a segunda palestra da terceira edição dos Diálogos no Atrivm. A palestra será transmitida on-line a partir das 19h (horário local), e recebe como convidada a professora Cristina Souza Agostini, da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (Fach) que abordará o tema Édipo e a peste em Tebas. O Atrivm é um  Espaço Interdisciplinar de Estudos da Antiguidade.

A atividade integra o projeto de ensino de graduação Ensino e Pesquisa sobre Antiguidade: Estudos Interdisciplinares (Parte 2), coordenado pelo professor Carlos Eduardo da Costa Campos, que ministra as disciplinas de Pré-História e História Antiga no curso de História da Fach. “Venho desenvolvendo projetos ligados à questão da popularização dos estudos da Antiguidade e das sociedades pré-históricas e medievais, há algum tempo. Neste, especificamente, o foco é sobre a primeira. Nosso objetivo é fazer com que os acadêmicos em formação aprimorem e aprofundem seu conhecimento sobre as sociedades antigas e desenvolvam áreas trabalhadas nas disciplinas de História Antiga 1 e 2 e Arqueologia, além de ampliar sua visão de mundo e saber sobre as sociedades do passado, como Grécia e Roma, assim como estimular o pensamento crítico”, comenta Carlos.

Projeto dá continuidade às atividades desenvolvidas em 2019

De acordo com o professor, o projeto tem duração de um ano. Com início neste mês de abril, foram organizados ciclos de seis atividades ao longo do semestre, envolvendo palestras, reuniões para debates de textos, oficinas, atividades práticas e também palestras com convidados. “Hoje será realizada a segunda atividade do semestre. Na semana passada, promovemos a reunião dos pesquisadores para discutir fontes históricas e sua análise pelos historiadores. Nesta noite, vamos ter a análise da peça Édipo Rei, com a professora de Filosofia Antiga Cristina Agostini que vai trabalhar o tema da peste e como tal sociedade foi impactada. Também estamos programando outra palestra com o professor da Universidade Estadual de Minas Gerais Ygor Klaim sobre os boatos e o poder na Roma antiga, marcada para o dia 28 de abril. As demais atividades estão em fase de definição de tema e data”, explica o coordenador do projeto.

“A primeira parte do projeto foi desenvolvida enquanto eu atuava no campus de Coxim da UFMS. Com a minha vinda para a Fach, iniciamos a ação em Campo Grande, mas dialogamos com os câmpus de Três Lagoas, Corumbá e Coxim”, diz o professor. Entre os temas discutidos na primeira parte do projeto estava Alimentação na Antiguidade que resultou em um congresso de especialistas sobre História Antiga e Medieval debatendo a importância da alimentação nas sociedades dessa era. Também foram desenvolvidas oficinas sobre pesquisa em estudos da Antiguidade no Brasil, sobre Mulheres na Antiguidade e Fontes para os estudos da Antiguidade, esses últimos promovidos em parceria com a professora Natália Junqueira doo campus de Corumbá. “Também realizamos discussões sobre a questão da alimentação contando com a participação de colegas de pós-graduação de outros estados e de outros câmpus da UFMS, além de outras instituições de ensino superior”, conta Carlos.

Para professor Carlos o balanço do projeto tem sido proveitoso. “Esse é um campo que precisa de muito incentivo e desenvolvimento no Estado. Ou seja, requer, ainda, investimentos e união nesta área entre colegas. Desde 2018, vimos estreitando os laços entre os pesquisadores de diferentes instituições e isso está sendo muito positivo, pois conseguimos, a partir do projeto, realizar reuniões anuais, intercâmbio científico e preparar nossos alunos para darem continuidade aos estudos em programas de pós-graduação em MS e em outros estados, principalmente”, reforça Carlos.

Professor Carlos e seus orientandos que integram o grupo Atrivm

Segundo o professor, a primeira palestra realizada no dia 30 de março contou com a participação de acadêmicos de Coxim e Campo Grande que se juntaram para discutir questões relacionadas à revitalização da área da Antiguidade, qual o seu impacto atual, desenvolvimento das pesquisas e a escassez de informações.

“É um projeto de ensino que foi implementado por meio do edital da Pró-Reitoria de Graduação em 2020. Foi concebido antes dessa situação pela qual passamos de enfrentamento da pandemia da Covid-19, mas pensado nessas ações do projeto como uma forma de vivenciar de forma diferente esse momento de isolamento social. Penso que assim motivamos os acadêmicos, por meio da transmissão do conhecimento a partir de questões e indagações que eles também possuem e, desta forma, manter nossa conexão, mesmo que a distância”, explica Carlos.

Para o professor, a procura por acadêmicos de outras instituições tem sido relativamente boa. “Recebemos inscrições de estudantes da Unioeste, UFRJ, além dos câmpus de Três Lagoas e Coxim. Em geral cerca de 20 a 50 pessoas participam. Tivemos que mudar a forma de realização do nosso evento, utilizando as tecnologias de informação e comunicação, por conta da pandemia da Covid-19. Futuramente, devemos adotar os dois formatos: presencial e via on-line”, conclui Carlos.

Mais informações

Para saber mais sobre o evento clique em https://www.atrivmufms.com/pagina-inicial. A inscrição deve ser feita de duas formas: 1) pelo Google Classroom com o código – q2ksadc e baixar a obra sobre Édipo; para que no dia 7, às 18h40, possa participar via Google Meet das discussões, utilizando o código: Jkaenqjwne. Ao entrar na sala, os participantes devem manter os microfones e câmeras desligados, como forma de manter o debate e facilitar o diálogo. Ao final será realizado debate sobre o tema abordado no filme. A participação pontuará como atividade complementar e podem participar acadêmicos dos cursos de História, Filosofia e Letras.

Texto: Vanessa Amin / Fotos: Acervo Atrivm