Iniciativa da UFMS e do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo/Ibama), o projeto Noleedi está esclarecendo sobre o fogo no Pantanal, de forma técnica e precisa, por meio de uma série de podcasts que respondem 12 questões mais frequentes ao tema.
São quatro edições que tratam de problemáticas como a área queimada no bioma Pantanal hoje, se o fogo nesse bioma é normal, quem ou o que provoca o fogo, quais os efeitos para a flora e para a fauna, quais os animais mais afetados, os prejuízos causados, quanto tempo o bioma levará para se recuperar, entre outras peculiaridades.
O primeiro podcast dessa série é com o professor Danilo Bandini Ribeiro (Inbio), coordenador do projeto Noleedi – “Efeito do fogo na biota do Pantanal sul-mato-grossense e sua interação com os diferentes regimes de inundação”. Noleedi significa fogo no idioma Kadiwéu.
Lançado oficialmente no ano passado, o projeto Nolledi, é executado na terra indígena Kadiwéu, cerca de 540 mil hectares no norte de Porto Murtinho (MS). A proposta é estudar e pesquisar os efeitos do fogo no Cerrado e no Pantanal, avaliando os efeitos da queima precoce, modal e tardia na biota, adotando como indicadores os grupos utilizados no programa Monitora do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio): aves, mamíferos, borboletas e moscas frugívoras e plantas vasculares.
“Em relação aos resultados, já fizemos um mapa do histórico de fogo da região e o levantamento florístico. Os levantamentos faunísticos foram interrompidos devido a pandemia e estão previstos para 2021. O nosso principal resultado até o momento é o de que o manejo integrado do fogo, ação preventiva feita pelo PrevFogo/Ibama que incluí queimas prescritas e combate a incêndios, diminuiu o número de incêndios na erra Indígena Kadiwéu”, expõe o professor Danilo, sendo esse um dos assuntos abordados em podcast.
Texto: Paula Pimenta