Projeto Ciência Itinerante aproxima alunos da rede pública à Física por meio de atividades experimentais

Estudar as propriedades da matéria e da energia, estabelecendo relações entre elas, é um dos principais papeis da Física que não raramente amedronta alunos no ensino regular. Na contramão dessa problemática, o grupo PET-Física da UFMS quer despertar o interesse dos alunos da rede pública de Mato Grosso do Sul pelo projeto Ciência Itinerante e ajudá-los a estabelecer uma maior interação com os conteúdos abordados em sala de aula a partir de atividades experimentais.

“O intuito é levar experimentos paras as escolas públicas mostrando a ciência de uma perspectiva diferente para estes estudantes. Para este projeto, criamos uma plataforma de agendamento, onde o professor da escola tem acesso ao catálogo com todos os experimentos disponíveis. Assim, o professor tem informações para escolher quais os tipos de experimentos que deseja expor aos seus alunos”, explica o professor do Instituto de Física (Infi) e tutor do Pet-Física, Diego Alves.

As atividades experimentais promovem um ensino mais dinâmico, permitindo aos alunos ter papel ativo na aprendizagem, ao passo que levantam hipóteses e também propõem possíveis soluções para as atividades propostas.

Na última semana, o grupo PET apresentou experimentos na Escola Estadual Professora Maria de Lourdes Widal Roma. Este ano também foram realizadas visitas nas escolas Professora Ada Teixeira Dos Santos Pereira e Teotônio Vilela, localizadas em regiões periféricas da cidade, onde os alunos vivem situações de vulnerabilidade. Ao todo, foram contemplados mais de 100 alunos em 2019.

Outras duas escolas estão agendadas para o segundo semestre deste ano. No ano anterior, o projeto foi realizado em seis escolas.

Egresso da UFMS e ex-petiano, o professor de Física Murillo Nunes, da Escola Professora Maria de Lourdes Widal Roma, solicitou a apresentação do Projeto Ciência Itinerante na área de Eletricidade (Eletrostática, Eletrodinâmica e Ondulatória) para cinco turmas do 1º ao 3º ano do Ensino Médio.

“Para os alunos do Ensino Médio, as apresentações foram muito importantes, porque eles puderam ver a aplicação do que estavam estudando, algo muito além dos cálculos e conceitos”, afirmou.

No último ano de Física, o acadêmico Gabriel Revelo participa há três anos do PET e sempre procura estar presente nas apresentações do Ciência Itinerante. “Participar desse projeto é muito gratificante. Montamos as experiências, explicamos as teorias e apresentamos na prática a Física aos alunos. Isso promove grande entusiasmo nos alunos que ao longo das explicações vão associando o que já lhes foi apresentado pelo professor em sala de aula”.

Para o acadêmico, a experiência prática ajuda os alunos do Ensino Médio a perderem o medo de matérias consideradas “difíceis”, como a Física e a Matemática. “Nessa última apresentação, levamos sete experimentos de eletromagnetismo, que é considerado um dos assuntos mais complicados para o Ensino Médio”.

Gabriel afirma que o PET é o projeto mais completo para os acadêmicos. “No PET trabalhamos com pesquisa, extensão e ensino. Na pesquisa, fazemos experimentos com diversos materiais diferentes ao longo do ano. Levamos os nossos projetos à comunidade, com a extensão. E o ensino não é restrito aos alunos do Ensino Médio, mas alcança também os acadêmicos que são preparados para executar os projetos”, completa.

Para solicitar a visita do projeto:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSedRnfMu9t_5qWjYZwMnksA7ChoIEduiOY-iGadg4nyRY3A8g/viewform

Conheça mais sobre o trabalho do PET-Física em:

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Paula Pimenta