Há mais de dois anos em execução na UFMS, o Programa Institucional de Internacionalização da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes- PrInt) tem fortalecido a qualidade da produção acadêmica vinculada à pós-graduação e proporcionado resultados em conhecimento, produtos e inovações. Além disso, por meio da mobilidade de pesquisadores, abriu portas em instituições de diferentes países.
Recentemente, por meio do PrInt-UFMS os professores do Instituto de Física (Infi) Cauê Martins e Heberton Wender cumpriram uma missão de trabalho realizada em cooperação com o professor Jesum Fernandes da Universidade de Nottingham. “Realizamos reuniões para discussões e novos direcionamentos relacionados ao projeto Desenvolvimento de nanomateriais para indução de processos oxidativos: aplicações de interesses ambientais, energéticos e da saúde, dentro da temática de conversores de energia”, explica Cauê.
Os pesquisadores do Infi e de Nottingham tem trabalhado no desenvolvimento de conversores de energia que são ativos na presença de luz. “Durante a visita, apresentamos resultados e estratégias para futuros projetos para os pesquisadores Jesum Fernandes, Anabel Lanterna e Andrei Khlobystov, que é renomado na área de nantomateriais. Eles, inclusive, demonstraram interesse em continuar a cooperação para além do Capes-PrInt”, ressalta Cauê.
Os professores Khlobystov e Jesum convidaram Cauê e Heberton para uma reunião sobre um projeto de grande porte relacionado à construção de eletro e fotocatalisadores de resolução atômica, que incluiu a participação de importantes cientistas das Universidades de Nottingham, Cardiff, Birmingham e Cambridge. “A missão deu visibilidade às atividades desenvolvidas pela UFMS no Instituto de Física, dentro do Capes-PrInt e incluiu a UFMS em discussões com renomadas instituições de pesquisa do Reino Unido”, comenta Cauê. “Nossa inclusão nestas discussões mostra que temos condições de transferir know-how para as melhores universidades do mundo. Não conseguimos concorrer com equipamentos e infraestrutura, mas concorremos com boas ideias”, acrescenta.
A Universidade de Nottingham possui equipamentos no estado-da-arte para síntese e caracterização de materiais. Em contrapartida, os professores do Infi, publicam no estado-da-arte no que diz respeito a conversores de energia excitados por luz. “A missão realizada teve êxito para viabilizar novas parcerias, inclusive firmar uma futura cooperação para mobilidade de estudantes, e fortalecer a já existente”, avalia Heberton.
Capes-PrInt na UFMS
De acordo com a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação Maria Lígia Macedo, a UFMS foi uma das 36 instituições que conseguiram aprovar projetos no Capes-PrInt e isso representa uma importante conquista para a Universidade, especialmente, no que se refere a internacionalização. “Nossos pesquisadores e os programas de pós-graduação vêm desenvolvendo um excelente trabalho na jornada da busca por tornar a UFMS uma instituição de excelência e internacionalizada”, diz.
Atualmente, são cinco projetos de cooperação internacional aprovados no Programa nas áreas de Engenharia, Química, Ecologia, Saúde e Física. Todos foram contemplados com missões de professores e acadêmicos em países e também com a vinda de professores estrangeiros a Campo Grande, resultando em uma série de ações como a possibilidade de pós-graduação sanduíche, seminários e palestras, publicações, entre outras. A pandemia da Covid-19 fez com que algumas dessas atividades não pudessem ser desenvolvidas presencialmente e interromperam as missões, mas, com segurança, estão retornando à normalidade.
Para saber mais sobre o PrInt na UFMS acesse o site print.ufms.br.
Texto: Vanessa Amin
Fotos: Arquivo pessoal dos pesquisadores do Infi
