Professores de Enfermagem do Instituto Integrado de Saúde (INISA) encerram amanhã (20) oficinas com metodologias ativas de aprendizado, desenvolvidas para o aperfeiçoamento e a educação continuada dos docentes do curso.
A proposta das oficinas, iniciada em 6 de fevereiro, é discutir “a Dinâmica Tutorial e as ferramentas de avaliação de um grupo tutorial com vistas a encontrar uma sintonia ou uniformidade entre os módulos do curso no que tange ao ensino baseado em problemas”.
Em formato de tutoria, as oficinas foram desenvolvidas com cerca de 20 docentes, em que um grupo de professores participou da discussão e construção do problema, enquanto o outro grupo fez observações e anotações sobre as discussões, com inversão de papeis em uma segunda etapa.
Os professores apresentaram e discutiram planos de ensino e cadernos dos módulos, trabalharam problema sobre Mapas Conceituais e uso do Portfólio como instrumento avaliativo. Hoje, o grupo faz o fechamento do problema e amanhã finaliza e elabora documento que será utilizado como material de ensino aos alunos.
A ideia foi motivar o professor a refletir sobre os temas que dizem respeito ao processo de aprendizagem na vida acadêmica e profissional.
No curso de Enfermagem os professores trabalham desde 2009 com a metodologia PBL – Problem Based Learning ou Aprendizagem Baseada em Problemas.
“A partir da metodologia PBL, sentimos necessidade de fazermos uma reunião para rever todos os passos, já que nos últimos anos houve muitas alterações, como novas recomendações e diretrizes pelo Ministério da Educação, mudança no perfil dos alunos, nas formas de estudarem, no mercado de trabalho, entre outras. Por isso fizemos essa capacitação, utilizando a própria metodologia”, explica a professora Margarete Knoch, uma das organizadoras das oficinas.
A metodologia PBL trabalha com a abertura e fechamento do problema. “Primeiro trazemos um problema do cotidiano, discutimos e montamos uma mapa conceitual. O objetivo é fazer relações entre o que problema traz e o que temos de conhecimento em experiência e teoria, despertando o interesse pelo assunto. O fechamento finaliza com a redação de objetivos de aprendizagem”, diz a professora.
São muitas as vantagens de se trabalhar com essa metodologia quando comparado ao ensino tradicional, segundo a professora Margarete Knoch. “Na vida prática, o enfermeiro não cuida só da doença, mas também da pessoa como um todos, da família, por isso por essa metodologia faz com que desde o início o aluno desenvolva esse raciocínio. O grande diferencial é que o ensino não está fragmentado por disciplinas”, aponta.
Outra vantagem é que o aluno tem um problema criado em cima do conteúdo a ser trabalhado, com situações já vivenciadas pelos professores enquanto profissionais. Os acadêmicos também aprendem a expressar melhor suas dúvidas e conhecimento. “Isso é um diferencial do nosso acadêmico, que também se torna responsável pela sua aprendizagem”, completa a professora.
Além disso, o trabalho em grupo, além da comunicação, enfatiza a tolerância, o saber ouvir, o respeito a opinião dos demais. “Eles aprendem a ser e a conviver, é um formato que propicia muitas coisas que não existem no ensino tradicional”, finaliza a professora.
Professor de Saúde do Adulto, Oleci Frota afirma que os docentes precisam estar sempre estudando e se capacitando, seja por meio de leituras, simpósios, congressos e essa troca de experiência também é importante para que possam trabalhar de uma forma homogênea. “Mesmo que tenhamos opiniões divergentes, é preciso haver consenso do grupo, para que possamos seguir na mesma linha”, diz.