Como parte da campanha Eu Respeito, que tem o tema do Meio Ambiente, a Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar da UFMS foi apresentada ontem, dia 8, para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana de Campo Grande (Semadur). O reitor Marcelo Turine e o secretário da Semadur, Luís Eduardo Costa, discutiram a possibilidade de ampliar as ações conjuntas em prol da preservação ambiental, da qualidade de vida e da saúde da população.
A primeira estação de monitoramento da qualidade do ar em Campo Grande está localizada na entrada principal da UFMS em frente à Reitoria. O projeto foi desenvolvido em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e recebeu também a doação de consumíveis do Núcleo Ambiental do Ministério Público Estadual.
O reitor explicou que o projeto foi desenvolvido pelo Instituto de Física (Infi) e era um sonho antigo da comunidade universitária. “Nós fizemos um trabalho conjunto e articulamos a transferência do container do Inpe de São José dos Campos pra cá, depois tivemos de construir uma estação de energia elétrica para suportar as atividades da estação e agora a ideia é oferecer mais serviços para a comunidade de Campo Grande, em parceria com a Prefeitura”, destacou.
“Já estamos monitorando dois poluentes desde março deste ano, com os analisadores de Material Particulado (PM10 e PM2,5). Desenvolvemos também uma página na internet onde podem ser acessados os índices da qualidade do ar e outras informações. O intuito com a parceria é o apoio para o funcionamento e também para a implementação de outros analisadores”, explicou um dos coordenadores da estação, professor Widinei Alves Fernandes, do Infi.
“A UFMS está de parabéns por colocar em funcionamento esse equipamento bastante complexo e que traz informações que serão refletidas na saúde, no dia a dia do campo-grandense. Estamos construindo uma parceria, organizando possibilidades de apoio a essas ações, para seguirmos adiante e o trabalho poder ser fortalecido e ampliado. Estamos felizes em poder contribuir”, disse o secretário da Semadur.
“O projeto é de extrema importância, uma vez que por ele é possível desenvolver políticas públicas para a saúde e promover ações de prevenções para evitar doenças pulmonares, por exemplo. Além disto, temos o intuito de angariar parceiros para darmos continuidade ao projeto e viabilidade para que tenhamos outras unidades de medição da qualidade do ar”, afirmou a diretora presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura (Fapec), Nilde Brun.
Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar
“Os equipamentos irão medir os poluentes recomendados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que são: ozônio, óxido de nitrogênio e de enxofre, monóxido de carbono e o material particulado (PM10 e PM2,5). A estação deve funcionar 24h e os dados serão divulgados no site”, explicou o também coordenador do projeto, professor Hamilton Pavão, também do Infi.
O professor Widinei destacou ainda que além do monitoramento da qualidade do ar, a estação proporciona dados meteorológicos como a direção e velocidade do vento, a quantidade de chuva, a umidade e a temperatura. “A população poderá saber o nível de poluição à qual está exposta, saberá a qualidade do ar por meio do índice que está na página e que é calculado em função da concentração de partículas. O monitoramento irá ajudar na tomada de decisões e na ampliação das políticas públicas na área da saúde, por exemplo, além de fornecer dados para diversas outras pesquisas”, disse.
Mais informações sobre a estação podem ser obtidas no site http://www.lca.ufms.br/qualiar
Texto: Ariane Comineti
Fotos: Leandro Benites