Pesquisador da UFMS participa de Live sobre atividade física

Após a publicação dos resultados da pesquisa “Consequências da pandemia da Covid-19 sobre a prática de atividades físicas da população Campo-grandense”, o professor coordenador do projeto Joel Saraiva Ferreira, do curso de Educação Física da UFMS, participa nesta quinta-feira (30) da Live “Atividade Física e Comportamento Sedentário: Efeitos da Covid-19 no estilo de vida da população”.

A Live será promovida pelo Conselho Regional de Educação Física da 11ª Região (Cref11) e terá como mediador o conselheiro Rodrigo Miranda, sendo transmitida às 14h no Instagram @cref11_ms.

“No momento em que muitas pessoas buscam informações sobre tudo que pode ajudar a manter ou melhorar as condições de saúde, é importante compartilhar conhecimentos com a população. No caso dessa Live, na quinta-feira, as informações serão direcionadas principalmente para profissionais de educação física e pessoas que se interessam pela prática de atividades físicas”, explica o professor Joel.

Serão apresentadas informações sobre questões do cotidiano, com as atividades físicas e o comportamento sedentário, tanto no contexto geral quanto nesse momento de distanciamento social imposto pelas medidas governamentais, segundo o pesquisador

Números

“Antes da pandemia da Covid-19, a prática de atividades físicas era um hábito consolidado entre a população pesquisada, sendo as atividades praticadas bastante diversificadas. Mas as medidas de distanciamento social impactaram sobre o estilo de vida da população campo-grandense”, expõe o coordenador.

Essa foi a constatação da pesquisa, inscrita no edital “UFMS contra o Coronavírus”, realizada por meio da coleta de dados, formulário online vinculado ao Google Forms, distribuído via aplicativo de mensagem, no período de 7 a 14 de abril, a pessoas adultas e idosas, cadastradas no programa de promoção de atividades físicas ofertadas pela Fundação Municipal de Esportes de Campo Grande (Funesp)..

Com a participação de 1.907 pessoas (respostas válidas), a pesquisa apontou que apenas 8% conseguiram manter a mesma proporção de exercícios físicos durante o período de isolamento em casa, principalmente porque não dispunham (42%) de espaços e locais adequados para a prática de atividades. Outros 30,1% reclamaram da falta de equipamentos/aparelhos e 27,9% da falta de orientação de professor de educação física.

Dessa forma, houve grande diminuição na quantidade de pessoas consideradas ativas fisicamente, quando comparados os períodos “sem” e “com” medidas de distanciamento social devido à Covid-19. Outros indicadores foram relacionados ao comportamento sedentário, com aumento do “tempo de tela”, o que inclui TV, celular, computador, etc., assim como de “tempo sentado”, valores muto acima dos limites recomendados de até três horas por dia.

“As evidências apontadas pelo presente estudo indicaram uma alteração drástica no estilo de vida da população campo-grandense, especialmente daqueles que cumpriam as recomendações mínimas de 150 minutos semanais de atividades físicas antes da pandemia e não conseguiram se manter ativos durante os momentos de distanciamento social, tornando-se assim, insuficientemente ativos fisicamente”, afirma Joel.

Texto: Paula Pimenta

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