Pesquisadora do Instituto Integrado de Saúde da UFMS faz parte do grupo de cientistas de dez universidades brasileiras
Saúde mental de profissionais de enfermagem no Brasil no contexto da Covid-19 é o título da pesquisa coordenada pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a UFMS, a Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e as universidades federais de São Carlos (UFSCar), do Amapá (Unifap), do Rio Grande do Sul (UFRGS), de Mato Grosso (UFMT), do Pará (UFPA), de Alagoas (UFAL) e da Bahia (UFBA).
De acordo com a representante da UFMS no grupo e professora do Instituto Integrado de Saúde Priscila Marcheti a condução da pesquisa, em parceria com docentes e pesquisadores com vasta experiência na área de Enfermagem em Saúde Mental das cinco regiões do país, fortalece a sua abrangência, coleta e análise de dados e divulgação dos resultados em termos de perspectivas regionais e municipais.
A pesquisa tem como objetivos: analisar aspectos da saúde mental dos profissionais (enfermeiros, técnicos e auxiliares) de enfermagem; de obstetriz (parteira) atuando em serviços de saúde (assistência ou gestão), ensino e pesquisa (qualquer nível), ou sem atuação no momento, e identificar as estratégias de enfrentamento utilizadas por eles no contexto da pandemia da Covid-19.
O grupo de pesquisadores partiu da hipótese de que a saúde mental dos profissionais de enfermagem no país esteja sendo impactada e, a exemplos de estudos internacionais, o enfrentamento da pandemia por eles também poderá afetar a estimativa de anos de vida saudáveis, em virtude das incapacidades geradas pelas condições mentais dessa categoria no contexto brasileiro.
“Estar na linha de frente e exposto aos riscos de contaminação ao cuidar de pessoas suspeitas ou contaminadas com o coronavírus pode ter um efeito emocional considerado preocupante. Precisamos cuidar da saúde mental dos profissionais de enfermagem, porém antes disso é necessário analisar os aspectos da saúde mental no contexto da pandemia e identificar se há estratégias de enfrentamento e quais vêm sendo utilizadas”, explica Priscila.
De acordo com a professora do Inisa, cada pesquisador parceiro, terá a função de participar da divulgação dos formulários nas mídias sociais através da técnica Bola de Neve, analisar os resultados obtidos em cada região do país, além de contribuir na análise e divulgação dos resultados em congressos, revistas científicas e meios de comunicação. Com os resultados dos estudos, será possível conduzir propostas de intervenções com vistas a proteger e promover a saúde mental, e prevenir agravos à saúde desse grupo.
Para saber mais sobre o projeto acesse os perfis nas redes sociais: Facebook, Instagram e Twitter.
Texto: Vanessa Amin
Fotos: Assessoria das prefeituras de Bataiporã, Deodápolis e Naviraí