Em parceria com a Embrapa Gado de Corte e a Uniderp, a UFMS realizou o “Diagnóstico da Cadeia Produtiva de Carne Bovina no Mato Grosso do Sul”, que apresenta um amplo retrato da bovinocultura no Estado.
Na UFMS, a pesquisa foi coordenada pela professora da Escola de Administração e Negócios (Esan) Denise Barros de Azevedo, e teve a participação da mestranda Luanna Lise Magalhães e do acadêmico de Administração Renato de Oliveira Rosa; na Uniderp, a coordenação do professor Celso Souza e na Embrapa do pesquisador Guilherme Malafaia.
O diagnóstico da cadeia produtiva da carne levantou aspectos como o ambiente organizacional, a identificação de pontos críticos que impactam na competitividade, a realização da modelagem da cadeia produtiva da carne bovina e a compreensão dos fatores pertinentes nos elos produtivos.
“Entre os pontos críticos identificamos a necessidade de melhor integração entre os elos do setor. É preciso alinhar mais a engrenagem, para que todos os elos tenham objetivos comuns em prol de melhorar o que está errado e manter o que está certo”, explica Denise.
Também são pontos críticos aumentar a produção e as vendas; a redução de custos; a concentração dos frigoríficos; a falta de mão de obra especializada e o alto custo de transporte e rodovias ruins.
Como pontos efetivos foram destacados o setor de insumos, que apresenta tendência de crescimento, devido aos laboratórios, com marcas reconhecidas no mercado e com ampliação de seu mix de produtos; o setor de abate de processamento que também registra tendência de crescimento, principalmente os frigoríficos de grande porte, e o setor de distribuição e varejo que tem como perspectiva aumentar o volume de vendas de carne bovina, tanto in natura quanto industrializada.
“Com o aumento populacional há uma tendência de crescimento do mercado de carne. Por isso, precisamos mostrar e estudar esses pontos críticos na cadeia a fim de aumentar a produtividade no Estado e atender esse mercado promissor”, diz o acadêmico Renato.
A pesquisa apontou ser necessário que “um dos elos, ou mesmo um dos órgãos institucionais, assuma responsabilidade em coordenar a cadeia, de forma a compartilhar informações confiáveis, sinalizar necessidades e tendências e fomentar o desenvolvimento de todo o setor da cadeia produtiva.
“Está ocorrendo uma tipificação maior nos cortes das carnes, que estão cada vez mais diferenciados. A indústria esta começando a trabalhar diversos nichos e o consumidor hoje prefere comer menor mais com mais qualidade”, avalia a professora.
Com a terceira maior produção do Brasil e agora com o quarto maior rebanho (ANUAL PEC 2014), a pecuária é uma das principais atividades econômicas de Mato Grosso do Sul.