Uma parceria entre a UFMS e a embaixada norte-americana no Brasil resultou no projeto de ensino de graduação Formação em tempos de pandemia para professores em Mato Grosso do Sul: pensando e agindo nas imprevisibilidades por meio de recursos das tecnologias de informação e comunicação. O projeto é coordenado pelo professor do Campus de Três Lagoas (CPTL) Fabrício Ono e a formação é ministrada pela Ph.E.Holly Arnold. O projeto também conta com financiamento do governo dos Estados Unidos.
O coordenador explica que a iniciativa que já havia sido pensada antes da suspensão das atividades presenciais, teve que ser adaptada para os meios remotos de comunicação, visando promover a troca de saberes e o ensino de futuros e atuais professores sobre como utilizar das tecnologias de informação e comunicação em meio às imprevisibilidades, tal como uma pandemia. Para o representante do consulado americano Marcos Hirata, a presença de uma especialista possibilitará a troca de experiências e informações entre norte-americanos e brasileiros, contribuindo com melhorias em ambos os sistemas educacionais.
Segundo Fabrício, é comum a formação dos professores ser voltada para a sala de aula física, principalmente no ensino de língua inglesa, contudo, devido ao contexto atual e a incerteza futura, como outra pandemia ou a necessidade de prolongar o isolamento social, se fez necessário pensar no ensino com uso das ferramentas digitais. “Esse projeto tem a finalidade de complementar a formação que a gente já desenvolve na universidade, promovendo uma nova experiência para que os estudantes saibam como pensar e agir na imprevisibilidade”, ressalta.
Hirata destaca também que a conexão com a UFMS é fundamental, tendo em vista que um dos pilares do consulado é a educação. “Para formação de professores e de formadores de opinião, é muito importante termos essa aproximação e essa colaboração no trabalho de desenvolvimento de programas e projetos na área de educação, e nesse processo a UFMS é uma parceira prioritária em Mato Grosso do Sul”, diz Marcos.
A representante da embaixada norte-americana no Brasil e responsável pelo gerenciamento de recursos para os fins educacionais, Jennifer L. Uhlerm, relatou que suas expectativas para a educação pós-pandemia e a participação da língua inglesa neste contexto tecnológico são altas. “Eu vejo um futuro no qual a Internet vai ser parte das conferências, dos eventos e da educação, como forma de ampliar e compartilhar as possibilidades para mais pessoas”. Todavia, Jennifer ressaltou que a tecnologia é apenas parte da resposta total para a pandemia, pois o acesso à Internet não abrange toda a população, fazendo com que muitos estudantes fiquem de fora deste quadro de oportunidades.
O projeto, que será realizado via Google Meet, é voltado para acadêmicos do curso de Letras/Inglês do CPTL e contará com ações para professores da rede pública de educação básica. As atividades começam em agosto e têm previsão de término para dezembro.
Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail projetoensinoletras@gmail.com
exto: Evelyn da Costa Souza (estagiária da Agecom no CPTL)