Palestra abordou sofrimento humano e acolhimento na Universidade

Na palestra “Suicídio: entre a dor e o acolhimento”, ocorrida hoje pela manhã no auditório da SEDFOR, a professora Karina Okajima abordou o sofrimento psíquico intenso que uma pessoa que considera o suicídio passa, e o que as outras pessoas precisam fazer para acolhê-la. O evento foi o último realizado na Universidade em alusão à campanha Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio.

O Pró-Reitor de Gestão de Pessoas Ângelo Motti disse que o tema ainda está obscuro na sociedade porque muitos não o vêem como importante, não sabem que pessoas próximas já pensaram no assunto. “Infelizmente acabar com a vida é uma ideia que já passou pela cabeça de muita gente, por um motivo ou outro. A maioria das pessoas supera e segue em frente. Outras não. Dentro do programa de saúde dos nossos servidores (PAS) pensamos em trazer temas que realmente são comuns à vida de todos, assim trazemos uma reflexão para que as pessoas busquem os mecanismos internos para superar os problemas e também busquem os mecanismos externos, conheçam as estruturas com as quais podem contar, no conjunto das políticas públicas”, explicou.

A palestrante Karina Okajima lembrou que o maior motivo que faz com que o suicídio continue acontecendo é a falta de espaço para discussões sobre o sofrimento humano. “A importância desse evento é exatamente abrir espaços para que o tabu seja minimizado”, finalizou.

Karina Okajima é pós-doutoranda em Psicologia na Universidade de São Paulo (USP) e autora dos livros “Suicídio e Gestalt-Terapia”, “Suicídio e Luto: Histórias de Filhos Sobreviventes”, “Perdas do desenvolvimento humano: um estudo fenomenológico” e “A vida não é do jeito que a gente quer”.