As máscaras de tecido não devem ser utilizadas pelos profissionais de saúde durante a pandemia da Covid-19 porque não proporcionam a mesma segurança que as máscaras descartáveis. A recomendação é do Núcleo de Evidências de Mato Grosso do Sul, que realizou uma revisão rápida com base na análise de 20 artigos científicos.
Segundo o NeV, as máscaras de tecido devem ser utilizadas somente como último recurso na pandemia, mas mesmo assim utilizando-se os critérios mínimos de tempo, desinfecção e confecção. Existem padrões de construção e uso que podem ser utilizados para reduzir os riscos de infecção.
“As máscaras de tecido não podem substituir as máscaras cirúrgicas, porém em tempos de pandemia, onde encontramos situações adversas como produtores que não entregam o material, ou não conseguem produzir na quantidade certa, elas podem ser usadas como medidas associadas, por exemplo ao protetor facial como uma barreira para reduzir o risco dos profissionais”, explica a coordenadora do NeV, Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira, professora da pós-graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias da UFMS.
O relatório concluiu que não há evidências de que as máscaras de tecido promovam a vedação e o filtro necessários para impedir contaminação por vírus.
O NEvMS é formado pelas instituições UFMS, UEMS, Fiocruz, Humap e Sesau e tem por objetivo sintetizar todo conhecimento científico e repassar aos gestores que utilizarão as informações como base nas tomadas de decisões. Neste caso, a intenção foi responder ao questionamento dos profissionais da saúde quanto à substituição das máscaras descartáveis pelas de tecido.
Acesse abaixo o estudo na íntegra.
Texto: Miriam Valadares