Júri simulado encerra recepção aos calouros de Direito em Campo Grande

Os acadêmicos e professores de Direito realizaram hoje (16) pela manhã, no auditório do Complexo Multiuso na Cidade Universitária, um Júri Simulado. A atividade constituiu o encerramento da recepção aos calouros 2018 e foi promovida pela Faculdade de Direito em parceria com o Centro Acadêmico Jorge Eustácio da S. Frias (CAJEF).

A Vice-Reitora Camila Ítavo parabenizou a todos pela realização. “Temos corresponsabilidade na formação acadêmica, quando pensamos em um curso forte sabemos que é resultado de professores, técnicos e também de alunos responsáveis. Parabéns pelo carinho com que desempenham suas atividades no curso. Aos calouros sugiro que o empenho que foi dedicado para ingressar na Universidade, toda a energia, seja agora direcionada para que vocês sejam ótimos, excelentes bacharéis em Direito. O Direito é fundamental ao estado democrático e à defesa dos direitos individuais e coletivos”, lembrou.

A Diretora da Faculdade de Direito (Fadir), professora Ynes da Silva Félix disse ser uma satisfação ver mais um júri realizado. “Era um sonho de bastante tempo para a recepção de calouros e vemos que os veteranos se envolvem bastante para recepcioná-los muito bem e homenageá-los também pela conquista. Sabemos que as vagas são disputadas, por isso gostaria de parabenizá-los por terem vencido a primeira etapa que é entrar na UFMS. Com certeza vocês irão ajudar a Fadir a crescer e se consolidar ainda mais. Hoje temos o melhor curso de Direito do Estado e trabalhamos para estarmos entre os melhores do País”, pontuou.

A coordenadora do curso e da recepção, professora Luciane Gregio Soares Linjardi, falou que o Júri Simulado já virou tradicional para os calouros. “Sabemos que representa uma pequena parcela da atuação do profissional da área jurídica, mas é, ao mesmo tempo, uma atividade bastante emblemática devido ao destaque dado por filmes, novelas, minisséries a ela. O júri trata de questões de bastante relevância, acontece quando temos situações que atentam contra a vida, então para os calouros é uma atividade bastante impactante e para os veteranos uma oportunidade de enriquecer sua formação com a prática de toda a construção técnica já realizada na Universidade”, lembrou.

Segundo a professora, estão envolvidos na atividade acadêmicos de todos os semestres e para julgamento é utilizado um caso real que já foi julgado pela justiça local. Pode haver participação externa de profissionais da área convidados pelos alunos como juízes, promotores de justiça e defensores públicos, mas são os acadêmicos que atuam em todo o desenvolvimento do Júri Simulado.

Pedro Palhano e Thiago Oliveira do 8º semestre fizeram parte da defesa e disseram que o objetivo foi revelar o lado que normalmente dentro dos julgamentos não existe. “A sociedade costuma pré-condenar os acusados antes mesmo do júri, então o papel da defesa é mostrar um lado que nunca é mostrado. Nós nos preparamos com muito estudo. O mais interessante é que uma coisa é aprender na sala de aula, outra é tornar tudo isso prática, é um desafio para todos estarmos participando, não só a defesa como também o Ministério Público, que aqui também é formado pelos acadêmicos”, afirmou Pedro.

Thiago recordou o apoio técnico da Faculdade, “que disponibilizou a Defensoria Pública, a Promotoria do Ministério Público, para que a gente tivesse o assessoramento das pastas, além dos professores que também trabalharam com afinco para que o júri saísse o mais próximo da realidade possível. Foi uma experiência ímpar que tivemos nessa manhã”, disse.

Caio Molina Ambrizzi do 6º semestre e Letícia Viana Costa Assis do 8º fizeram parte da promotoria, ou seja, acusação, e disseram que a preparação contou com muita pesquisa, análises do processo e ensaio para o poder de convencimento. “Não podemos permitir que alguém que tente matar uma pessoa fique impune na sociedade”, reafirmou Letícia, que lembrou que o primeiro júri que assistiu teve a participação dos colegas que hoje representaram a defesa. “Espero que quem esteve hoje aqui assistindo tenha tido o mesmo pensamento que tive enquanto calouro, que entenda e sinta essa paixão que temos no exercer do Direito”, enfatizou Caio.

A caloura Priscila Caetano Amorim afirmou que seu interesse no curso tem também uma função social. “Espero, com o conhecimento adquirido na UFMS, ajudar minha comunidade indígena em Aquidauana. Quero aprender como funciona um tribunal do júri e, um dia, atuar também em um, como juíza”, finalizou.

Priscila e outros seis calouros foram sorteados para comporem o júri, um calouro também representou o réu, e todos os procedimentos e ações de um júri real foram cumpridos à risca pelos envolvidos.

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