Dezesseis estudantes do Curso de Enfermagem, do Instituto Integrado de Saúde, participaram de uma ação de educação em saúde em escolas de educação infantil de Campo Grande, realizada no último dia 4. A atividade teve como tema a prevenção da Síndrome Mão-Pé-Boca. Ao todo, 304 crianças e 68 funcionários de sete instituições de ensino da cidade foram beneficiados pela iniciativa, desenvolvida em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado (SES) de Mato Grosso do Sul.
A Síndrome Mão-Pé-Boca é uma infecção de origem viral caracterizada por pequenas feridas avermelhadas na cavidade oral, mãos e pés. “A doença é muito contagiosa e se espalha rapidamente em escolas e creches. Ações que promovem a prevenção são muito importantes para prevenir o contágio dessa doença no ambiente escolar, evitando possíveis surtos”, explica a coordenadora do Curso de Enfermagem, Tatiana Carvalho Reis Martins.
Segundo a coordenadora, as atividades enfatizaram uma das principais formas de prevenção da doença: a lavagem adequada das mãos. “Para as crianças, os estudantes de Enfermagem realizaram a atividade de forma lúdica, utilizando músicas, histórias infantis, tinta para pintar a mão e ensinar como lavar corretamente. Foram confeccionados, junto com as crianças, cartazes com a marca das mãozinhas, colagem com figuras das mãos e os ‘bichinhos’ simbolizando a sujeira”, explica.
“Para os funcionários, a atividade foi realizada como uma roda de conversa em que os acadêmicos explicaram sobre a Síndrome Mão-Pé-Boca, o significado, modos de transmissão, sintomas e formas de prevenção. Também foi utilizado slides para demonstrar melhor as características”, complementa a coordenadora.
A enfermeira da gerência de Doenças Agudas e Exantemáticas da SES, Mônica Alpire, explica que a campanha busca minimizar a quantidade de crianças infectadas pela doença na cidade. “A campanha de prevenção quer evitar novos casos da síndrome, para evitar esse transtornos para as mães, para as famílias que também acabam ficando doentes e para as próprias crianças. Também é para evitar que mais pessoas estejam sobrecarregando o nosso sistema de saúde, que já está superlotado pelas doenças gripais”.
De acordo com a enfermeira, atividades de educação em saúde promovidas em escolas são fundamentais para a prevenção de doenças. “É muito importante levar esse conhecimento para as escolas, e não apenas sobre a Síndrome Mão-Pé-Boca, mas qualquer outro tipo de assunto da saúde, porque a criança é um meio de transmissão das informações, tudo o que ela aprende dentro da escola, ela replica em casa, na igreja, com os coleguinhas”.
A estudante Larissa Gomes, que participou das ações nas escolas, relata que as crianças se envolveram de forma surpreendente com a atividade. “A abordagem lúdica, por meio da criação de uma história com ilustrações, facilitou o entendimento delas em relação à Síndrome Mão-Pé-Boca. Por meio dos desenhos impressos, eles conseguiram delimitar as áreas e identificar as alterações mais comuns ao ter contato com a doença e assim comunicar seus pais”.
Para ela, a participação nas ações educativas também trouxe benefícios para sua formação profissional. “Com as atividades de educação em saúde, é possível desenvolvermos habilidades de comunicação e trabalho em equipe, aprimorar o nosso conhecimento técnico (tanto teórico quanto prático), e desenvolver o pensamento crítico, uma vez que precisamos adequar estratégias de ensino e avaliar nossos resultados, além de promover satisfação pessoal e profissional por meio da contribuição para a melhoria da saúde das pessoas através da educação”.
“O olhar holístico do enfermeiro permite abordar tanto a promoção quanto a prevenção em saúde. Dessa forma, é possível empoderar pessoas e comunidades a adotarem hábitos de vida mais saudáveis por meio da educação em saúde, melhorando consequentemente a qualidade de vida dessas pessoas e reduzindo complicações e hospitalizações desnecessárias”, completa.
Texto: Alíria Aristides
Fotos: Arquivo pessoal