Encontro na UFMS incentiva pesquisa na educação básica

Teve início hoje (13) na Cidade Universitária o 1º Encontro de Iniciação Científica Júnior e Clubes de Ciências. O objetivo do evento que reuniu professores e estudantes de ensino fundamental, médio e superior, é fomentar a iniciação científica júnior e a criação de clubes de ciências em escolas de ensino básico. O projeto é realizado pelo Grupo Minerva, composto por alunos de Ensino Médio, e pelo Grupo Arandú, formado por acadêmicos.

“A aproximação do ensino básico com a Universidade promove o despertar para a ciência. O que buscamos com eventos como esse é essa interação e que mais alunos participem de atividades científicas”, informou o coordenador do grupo Arandú, professor Fernando Henrique Dutra Pereira.

Para o coordenador geral de popularização da ciência do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), professor Ivo Leite, os clubes de ciência são muito importantes dentro do processo de educação científica. “Quando escutamos histórias de grandes pesquisadores observamos que sempre relatam essas vivências na escola e o despertar para a ciência por meio dessas atividades. O clube de ciência tem essa magia, agrega estudantes que querem fazer coisas interessantes e faz com que eles aprendam e busquem novos conhecimentos”, lembrou.

“Acredito que eventos científicos, feiras e encontros funcionam como uma ponte entre a educação básica e a Universidade, colocam os jovens em contato com os professores e atividades. Estamos passando por um período um pouco complicado no qual os dados de ciência são colocados à prova e questionados, principalmente da área de ciências humanas, mas acredito que esse é justamente o papel do pesquisador, trazer esses dados à sociedade, colocá-los à disposição para que mudanças sejam realizadas”, comentou Fabrício Pupo Antunes aluno do segundo ano do ensino médio, que desenvolve três pesquisas sobre gênero e sexualidade e é bolsista do CNPq de iniciação científica junior, sob a orientação do professor Tiago Duque da UFMS.

Thaylenni Dantas Rezende, estudante do terceiro ano do ensino médio, participa do clube de ciências da escola estadual Teotônio Vilela desde 2017. Ela desenvolve uma pesquisa na qual analisa impactos causados por uma planta exótica sobre a biodiversidade e economia local de Campo Grande. “Conhecida como Leucena, a planta solta algumas substâncias que interferem no crescimento e geram mortalidade de algumas espécies. Eu dei continuidade a uma pesquisa já iniciada por outras alunas, que catalogaram essa planta. Procuro participar de eventos de ciência porque para mim é uma forma de lazer, eu gosto muito. Acho muito importante esse incentivo aos jovens para buscarem a ciência e a educação porque elas têm a capacidade de transformar a vida das pessoas”, afirmou.

A programação contou com rodas de conversa com professores representantes de clubes de ciência de outros estados e representantes locais e segue até amanhã com um bate-papo. Confira as atividades aqui.

Texto e fotos: Ariane Comineti