Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico

No dia 8 de julho é celebrado o Dia Nacional da Ciência e o Dia Nacional do Pesquisador Científico. E em tempos da pandemia da Covid-19 a pesquisa científica e o papel do pesquisador ganhou destaque nacional e mundial.

Hoje, na UFMS, há pesquisas em quase todas as áreas do conhecimento, e muitas com impacto social que podem contribuir com as políticas públicas municipais, estadual e nacional. Para o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, Nalvo Franco Júnior, a pesquisa científica é de grande importância para a sociedade.

“Se hoje nós temos qualidade de vida, podemos viver mais, isso tudo é graças a pesquisa científica. Hoje estamos vendo pesquisadores de todo o mundo, e do Brasil, buscando por soluções. Medicamentos, novas técnicas de tratamento e até mesmo limpeza de ambientes. Então nesse cenário de busca para soluções de problemas do dia a dia está o pesquisador científico que também tenta entender como é que o mundo funciona”, comenta Nalvo Franco Júnior.

Ainda de acordo com o pró-reitor, acadêmicos e pesquisadores da instituição estão empenhados em encontrar soluções para o enfretamento da Covid-19 a partir de projetos de extensão e pesquisa.

“Nós temos mais de 100 cursos de graduação e quase 70 de pós-graduação então, é de se esperar que tenhamos pesquisas em várias áreas. E nesse momento temos aproximadamente 60 projetos de pesquisa de extensão voltados para o enfrentamento da Covi-19. Esses projetos vão de alto apelo tecnológico até os que visam auxiliar pessoas e a comunidade indiretamente ou diretamente no enfrentamento da pandemia”.

Quem tem a opinião semelhante à do pró-reitor é a professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição (Facfan) Maria Ligia Rodrigues Macedo. Para a pesquisadora, o contributo da ciência para a sociedade é inquestionável. “Ao responder grandes perguntas e enfrentar desafios importantes do nosso cotidiano como, por exemplo, doenças, pragas, epidemias. A ciência cria o conhecimento, melhora a educação e a qualidade de vida das pessoas. Reduzindo as desigualdades e construindo pontes entre a ciência e um futuro melhor e a população se beneficia”.

A professora enumera descobertas importantes para ajudar a melhorar a saúde e qualidade de vida das pessoas. “Sem a ciência não teríamos a insulina que salva vidas, sem a ciência não teríamos as vacinas, os implantes das mais variadas formas, não teríamos os fármacos que curam, tiram a dor. Sem a ciência não teríamos um batalhão de pesquisadores que estão na busca incessante para descobrir e produzir em grande escala a vacina para o coronavírus. Uma pandemia que não escolhe pessoas. Não precisamos nem falar das batalhas que os pesquisadores e cientistas estão enfrentando e que entendem que sua função é maior do que o medo. E são esses pesquisadores que são acionados todas as vezes que a sociedade enfrenta um momento crítico”.

A professora lembra ainda da capacidade dos pesquisadores brasileiros. “Pesquisadores do mundo inteiro, do Brasil, descobriram coisas fantásticas para resolver problemas que são de todos. O Brasil é um dos países da linha de frente do enfretamento à Covid-19. Aqui, o genoma do vírus foi sequenciado em tempo recorde, enquanto em outros países, pesquisadores levaram mais de 15 dias para chegar ao mesmo resultado”, lembra Maria Ligia.

E para confirmar o potencial do pesquisador brasileiro, a professora da Facfan lembra que a UFMS não parou as atividades no período da pandemia. “Os pesquisadores da UFMS, em colaboração com as suas faculdades e institutos, não pararam um dia sequer para também contribuir com o enfrentamento do coronavírus. Produzindo produtos saneantes, exame para detecção do vírus, modelos matemáticos para acompanhamento da doença, análise espacial dos casos, criação de planos de biossegurança”, finaliza a pesquisadora.

Pesquisa ao alcance de todos

E sobre os caminhos para levar as pesquisas científicas desenvolvidas no ambiente acadêmico para conhecimento do público, o pró-reitor Nalvo Franco Junior destaca ser importante ir além das revistas e textos científicos. “A comunidade científica tem que ser capaz de gerar produtos e processos que podem ser utilizados por todos. E isso não é fácil. Uma outra forma é por meio de uma publicação de material, que poderia ser até técnico e que tenha como objetivo principal o alcance do público não acadêmico. De forma que o público possa usar esse material como atividade fim e assim, a pesquisa terá de fato caráter social”.

Um exemplo de material para o público em geral é o edital para a publicação de Cadernos de Pós-Graduação. Por meio desse edital, os pesquisadores da UFMS poderão divulgar suas pesquisas com manuais e cartilhas que atendam esse objetivo. “Aliás, essa é uma das novas dimensões de avaliação da pós-graduação feita pela CAPES”, comenta o Nalvo Franco Júnior. As inscrições para este edital poderão ser realizadas até o dia 10 de julho, por meio do site do SIGProj-UFMS.

Veja aqui o Edital UFMS/Propp/Agecom 42/2020

https://propp.ufms.br/files/2020/06/Edital-UFMS-Propp-Agecom-42-cadernos-PPGs.pdf

 

Texto: Tathiane Panziera