Cooperação internacional objetiva pesquisas na área da Antropologia Forense

A UFMS e o Instituto de Formación Profesional en Ciencias Forenses (IFPCF) firmaram acordo de cooperação para o desenvolvimento do projeto “Estudos conjuntos PPGAS/IFPCF em antropologia forense”. Vinculada ao Programa de Pós-graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Faculdade e Ciências Humanas (FACH), a ação tem previsão de vigência até abril do próximo ano.

A coordenadora do projeto, professora Priscila Lini, explicou que a aproximação entre a Universidade e o Instituto surgiu em pesquisas pontuais realizadas anteriormente nas áreas de Bioantropologia e Antropologia Forense e informou que o objetivo desta cooperação é a realização de pesquisas com ênfase na efetivação de direitos humanos fundamentais. “O IFPCF tem unidades na Espanha e Reino Unido. As ações conjuntas incluem intercâmbio de pesquisadores, análise de dados em conjunto e, dentro da nossa realidade, intencionamos a publicação em periódicos qualificados nacionais e internacionais”, pontuou.

A previsão é de que as ações in loco iniciem no próximo semestre. “Receberemos pesquisadores do Instituto entre setembro e outubro e temos uma ida à região norte da Espanha programada para agosto. Os resultados desses estudos conjuntos serão discutidos e analisados por docentes e discentes de ambas as instituições”, disse.

De acordo com a pesquisadora, “a Antropologia Forense é um ramo da Bioantropologia, que tem como principal objetivo estudar a caracterização e a identificação humana pelos seus remanescentes ósseos dentro de critérios de ancestralidade, idade e sexo, utilizando aqui a terminologia ‘sexo’ dentro do sexo biológico, embora atualmente as questões de gênero também têm ocupado esse ramo da Ciência. Na contemporaneidade, esse saber tem se voltado para a efetivação de direitos humanos fundamentais através da identificação de pessoas desaparecidas e a devolução desses remanescentes às suas famílias; nas ações de reparações de crimes contra a humanidade; e também na identificação de territórios tradicionais, comprovando a presença indígena ancestral”, exemplificou.

Informações sobre as ações do PPGAS podem ser acessadas aqui.

 

Internacionalização

A coordenadora da Secretaria de Relações Internacionais (Serin) da Universidade, Lucilene Machado Garcia Arf, informou que a internacionalização é compreendida na instituição como um processo transversal, com a introdução das dimensões intercultural, internacional e global. “Os objetivos mais permanentes de uma política de internacionalização devem espelhar as dimensões gerais da Universidade. Assim, por mais que os planejamentos e planos possam estabelecer metas e estratégias organizacionais, como prevê o PDI, precisamos também de conexões pontuais mais específicas, como é o caso desta, e os objetivos, mesmo para convênios específicos, eles não perdem de vista o foco da melhoria da qualidade do ensino superior”, afirmou.

“A ideia é que outros cursos também se conectem com outras instituições e façam suas propostas de cooperação, envolvendo alunos e professores, uma vez que um currículo internacionalizado pode influenciar no desenvolvimento do conhecimento intercultural e na ampliação dos valores dos estudantes, garantindo que estejam melhor preparados enquanto cidadãos globais”, finalizou.

 

 

 

Texto: Ariane Comineti