Neste domingo, 28, o Autocine UFMS, que embalou os campo-grandenses nos anos 70 e 80, será reaberto ao público para sessões de filmes infantis. A iniciativa é uma parceria da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul com a Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio de sua Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), com apoio da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), e com o Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura
A sessão de estreia apresenta o filme Eu e meu guarda-chuva, um longa-metragem nacional que busca atingir o público infantil e adolescente que se encantou com as aventuras de Harry Potter. Eu e meu guarda-chuva conta a história de Eugênio, um garoto de 11 anos que jamais se separa do guarda-chuva herdado do avô. Para resgatar sua amiga Frida, raptada pelo Barão Von Staffen, Eugênio e seu amigo Cebola precisam enfrentar os fantasmas de uma mansão mal-assombrada e outros desafios. O filme foi adaptado do livro de mesmo nome de Branco Mello e Hugo Possolo. A sessão começa às 18 horas (confira o trailer do filme ao final desta reportagem).
“A Universidade optou em manter a função principal do espaço, que é exibição de filmes, neste momento. Em um futuro próximo, há planos de transformar o espaço em um centro de entretenimento, cultura, gastronomia e lazer”, esclarece o pró-reitor de Extensão, Cultura e Esportes, Marcelo Fernandes. Ele explica ainda que a série de filmes exibidos deve ser voltada para o público infantil, estimulando assim a ida de toda a família. “A reativação do Autocine surgiu por uma demanda social, pois em tempos de pandemia e isolamento social, as salas de cinema estão fechadas. A possibilidade de exibição de filmes em um local ao ar livre e no qual as pessoas estão isoladas em seus automóveis se mostrou uma excelente opção de entretenimento”, diz. De acordo com Fernandes, a Universidade se responsabilizou pelas adequações na infraestrutura do local, a Sectur e a FCMS serão responsáveis por tudo que for necessário à viabilização das projeções.
O secretário Municipal de Cultura e Turismo, Max Freitas, também avalia a retomada das atividades como uma forma diferenciada de oferecer uma oportunidade de entretenimento em meio à pandemia da Covid-19. Ele ressalta que todas as medidas de segurança, como distanciamento mínimo de dois metros entre os veículos, lotação do veículo e uso obrigatório de máscaras devem ser observadas pelo público.
Para a presidente da Fundação de Cultura de MS, Mara Caseiro, a retomada do Autocine é também uma forma de resgatar um lugar tão frequentado anteriormente e que faz parte da memória da população. “Nós estamos buscando formas e maneiras de, neste momento, oferecer algo de bom para as pessoas que ajude a passar esse momento tão difícil. Esse espaço do Autocine foi tão movimentado em épocas anteriores, está na memória de muitas pessoas, e agora, retomamos esse espaço como um resgate das histórias que estão na memória de muitos campo-grandenses e de todos os que passaram por ali e tiveram a oportunidade de assistir a muitos filmes no Autocine”, destaca
Ingressos
Os ingressos são limitados e podem ser retirados gratuitamente na Praça dos Imigrantes, a partir desta quarta-feira, 24, às 8 horas. Também serão sorteados ingressos pela Rádio Educativa UFMS 99,9. O local terá capacidade para 70 carros. A lotação máxima é de cinco pessoas por veículo. Cada veículo deve apresentar, obrigatoriamente, seu convite para ter acesso ao Autocine. É recomendado que as pessoas cheguem com um mínimo de 30 minutos de antecedência. Ao todo serão 13 edições que ocorrerão sempre aos os domingos.
A Praça dos Imigrantes está localizada na esquina da Rua Rui Barbosa com a Joaquim Murtinho. Os ingressos poderão ser retirados das 8h às 13h30. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 67 4042-1313, ramal 4307.
História
O Autocine (drive in) foi criado em 1972 e apesar de funcionar dentro da Universidade, inicialmente pertencia à Rede Pedutti, responsável por escolher os filmes exibidos e por contratar os funcionários. O local funcionou até 1989, quando foi desativado.
Além do espaço para carros havia uma arquibancada para quem ia a pé. O Autocine também possuía lanchonete, sala de projeção, pátio com postes em formato de chapéus onde ficavam os alto-falantes, o telão de cinema, portaria e bilheteria.
Os recursos provenientes dos ingressos eram revertidos para a compra de livros para a Biblioteca Central e as de outras unidades da Universidade.
Texto: Vanessa Amin, com informações da Sectur e FCMS
