Aquidauana e Sidrolândia passam a compor epicentro da Covid-19 no estado

O município de Aquidauana subiu para nível de alerta 5 e outros cinco municípios da macrorregião de saúde de Campo Grande, como Sidrolândia, tiveram elevação para o nível de alerta 4.

Os números em crescimento são preocupantes, de acordo com os pesquisadores que compõem a Rede Geográfica da Covid-19 em Mato Grosso do Sul e que acabam de divulgar Relatório Técnico de Análise Geocartográfica da Covid-19 na Macrorregião de Campo Grande.

Seis dos 34 municípios da macrorregião de Campo Grande concentram 88% dos novos casos de Covid-19. “Chamamos atenção que na macrorregião de saúde de Campo Grande, além do município de Campo Grande, a microrregião de saúde de Aquidauana e Sidrolândia passaram a fazer parte do epicentro da pandemia no estado de Mato Grosso do Sul”, expõe a pesquisadora e professora do Campus de Aquidauana Ana Paula Archanjo Batarce.

O relatório mostra agravamento da pandemia nessa macrorregião, com aumento, principalmente, das taxas de morbimortalidade, que reúne a morbilidade e a mortalidade. Por isso, os pesquisadores sugerem medidas urgentes para conter a velocidade da disseminação do novo coronavírus na macrorregião de Campo Grande, em especial na microrregião de Aquidauana.

Uma das grandes preocupações é com as populações vulneráveis, como os indígenas. “Outro aspecto a ser considerado nos resultados encontrados é a quantidade de população indígena acometida pela doença e que vieram a óbito. Do total de casos confirmados até 15 de agosto (23.299 casos), 6,56% correspondem a indígenas (1.529 casos). Já em relação ao total de óbitos (370 óbitos), a mortalidade de indígenas representa 10,81% das mortes (40 óbitos)”, diz a professora e pesquisadora do Cpaq Eva Teixeira dos Santos.

As análises são resultado de uma rede de pesquisa multidisciplinar formada por geógrafos pesquisadores da UFMS, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), um epidemiologista da UFMS e uma comunicadora da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), além dos acadêmicos dessas instituições.

Veja abaixo o relatório completo.

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Texto: Paula Pimenta (com informações do relatório)