Ontem, às 19h, o Festival Mais Cultura e o 6º Festival Internacional de Violão em Campo Grande proporcionam uma imersão nos instrumentos antigos, como alaúde, vihuela e guitarra barroca, por meio das apresentações de Dagma Eid e do Grupo Câmena, fundado por professores da UFPb.
Mediada pelo professor Rafael Salgado, a transmissão no YouTube alcançou 300 visualizações e contou com um repertório repleto de performances, debates e saudações a música popular. Houve também um momento para responder os comentários e perguntas feitas pelos espectadores através do chat on-line.
Os professores Ibaney Chasin e Gustavo Seabra também participaram da live e, junto com Dagma, relataram como que foram inseridos no mundo dos instrumentos antigos pelo violão: a professora se encantou pela sonoridade do alaúde, o Grupo Câmera atraiu Gustavo, e a canção, bem como a busca pela música vocal, seduziram Ibaney Chasin.
Quando questionados sobre o futuro da música antiga no Brasil, Ibaney disse ser necessário reformular a pergunta para “Como nós vamos individualmente sair disso e qual será o espírito para reunir pessoas? Qual será a motivação para as pessoas estarem juntas para fazerem uma música que requer ensaio, tempo e disposição de alma? Será que estaremos nesse batimento?”, indagou.
Já Dagma disse haver pessoas entusiasmadas fazendo esse tipo de prática historicamente informada. “De um certo ponto de vista, está mais efervescente do que a música tradicional erudita”. Gustavo complementou dizendo esperar que no futuro haja espaço para fazer arte de alguma forma, seja música antiga ou não.
Texto: Evelyn da Costa Souza (estagiária da Agecom no CPTL)