O dia 17 de maio é o dia mundial de luta contra a LGBTfobia, em comemoração à exclusão da homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para marcar a data, ocorreu ontem a abertura do Ciclo de Debates (De)marcando Diferenças no Anfiteatro 1 do Complexo Multiuso da Cidade Universitária, em Campo Grande.
O coordenador do evento, professor Guilherme Passamani, ressaltou que a iniciativa marca também as ações do programa de pós-graduação em Antropologia Social. “Temos um programa de Mestrado recém-criado, que está se estruturando e, nós esperamos que nesses quatro anos, a gente consiga se estruturar para almejar um Doutorado, porque Mato Grosso do Sul é o único estado do Centro-Oeste que não possui programa de Doutorado em Antropologia Social”, comentou.
Além de ser uma ação importante para graduação e pós-graduação, o evento também é uma oportunidade para se avançar no debate de gênero e sexualidade. Passamani frisa que o tratamento da temática ainda sofre dificuldades no meio universitário, o que reforça a importância do evento. “É um desafio e um trincheira discutir gênero e sexualidade dentro de qualquer universidade, porque esses temas ainda são muito sensíveis, e muitos caros, e os avanços acontecem a passos muito lentos. Mas não é porque acontecem a passos lentos nós pararemos de tentar. É por isso que estamos aqui hoje”, defende.
Na ocasião, o reitor da UFMS, Marcelo Turine parabenizou os organizadores do Ciclo de debate e destacou a relevância do projeto. “ São ações como essas que contribuem para diminuir as desigualdades sociais gerando, através da produção científicos, meios de enfrentamento para acabarmos com o preconceito e a violência”, afirma.
O evento será marcado por debates às quartas-feiras uma vez por mês durante os meses de maio, junho, julho e agosto debatendo temáticas relacionadas à gênero, sexualidade e diferenças no contexto estadual. O primeiro encontro contou com a presença da Profa. Dra. Regina Facchini, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Prof. Dr. Horacio Federico Sívori, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
