Bastante consumido em alguns estados brasileiros, mas localmente com consumo per capita muito abaixo do recomendado, em Mato Grosso do Sul o pescado não é alimento corriqueiro nas mesas.
Para incentivar a produção e o consumo de peixe, professores da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (Famez) realizaram nesta terça-feira (7) oficina como parte das atividades do Integra UFMS, com apresentações, pescaria recreativa e degustação do Fishburguer no Laboratório de Qualidade e Processamento de Carnes (Qualicarnes).
Coordenada pelos professores Marjorie Toledo Duarte, Marina de Nadai Bonin Gomes e Jayme 
Aparecido Povh, a oficina foi aberta aos acadêmicos, servidores, professores e comunidade externa.
“Estamos tentando trazer uma diversificação da produção, tanto para pequenos quanto grandes produtores, além de divulgarmos a piscicultura. Embora o peixe seja uma carne de qualidade, as pessoas não têm muito conhecimento, principalmente sobre os processados. Quando falamos de hambúrguer, linguiça e outros produtos, alguns têm até um pouco de preconceito”, explica a professora Marina Bonin.
Segundo a professora, a iniciativa foi proposta no intuito de mostrar quais as possibilidades de criação dentro do Estado, quais as espécies mais utilizadas aqui – nativas ou não, quais as formas de preparo, entre ou
tras questões que podem chamar atenção para o produto.
“Trabalhamos o sistema de cultivo, inovações na piscicultura, a produção do peixe, explicando desde a captura desses animais até o processamento da carne para o Fishburguer de Pintado e Tilápia”, expõe a professora Marjorie Duarte.
Produto de aula prática de processamento de pescados, o Fishburguer tem como diferencial – além dos nutrientes específicos do peixe – a não utilização de toucinho como um dos ingredientes.
“Geralmente o hambúrguer tem em sua composição de 20% a 30% de toucinho. No Fishburger não o utilizamos, substituindo por proteína de soja ou amido de milho para manter a umidade do produto. É um hambúrguer mais light, uma alternativa para a diversificação do consumo da carne de peixe”, diz a professora Marina Bonin.
