Hoje, 2, foi realizada a oficina de Planejamento Estratégico: análise de cenários da UFMS, que ainda terá atividades amanhã, 3, e na quarta-feira, 4. O evento tem objetivo de elencar, discutir e analisar características da Universidade e faz parte da elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) integrado ao Projeto Pedagógico Institucional (PPI) para os anos de 2025 a 2030.
O intuito é que o texto final, com objetivos, metas e indicadores definidos para os próximos seis anos, esteja pronto para aprovação do Conselho Universitário em dezembro deste ano. Estiveram presentes na oficina membros da Comissão Central, composta por representantes da equipe de gestão, servidores de pró-reitorias e diretores das unidades da Universidade, além de representantes de estudantes e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFMS e IFMS e da Associação dos Docentes da UFMS.
“Não tem nenhuma instituição pública ou privada que cresce sem planejamento, sem governança e sem um time de pessoas alinhadas com uma missão social, uma missão educacional, esse é o papel da Universidade. A pergunta que nós estamos colocando é: que Universidade queremos em 2030? E essa reunião é para poder discutir, repensar e alinhar as metas, as ações para a Universidade nos anos seguintes”, explica o reitor Marcelo Turine.
A vice-reitora Camila Ítavo destaca a criação da UFMS Participativa no processo de elaboração do PDI e PPI, inspirada no modelo de trabalho adotado pelo Plano Plurianual Participativo do Governo Federal, que deve garantir a participação popular em etapas posteriores. “ A gente vai promover integração, com participação de setores da sociedade e rodadas com audiências públicas de discussão, para que a gente possa estar cada vez mais próximo de todas as pessoas. Mas, principalmente, para que o planejamento estratégico consiga traduzir o sonho de cada um de nós, esse é nosso objetivo”.
“Queremos conectar estudantes, técnicos e professores em prol desse sonho. Isso é dialogar, trocar ideias, divergir, mas acima de tudo é convergir para esse interesse da gente tomar uma Universidade cada vez mais sustentável, humana, tecnológica, cada vez mais qualidade, com muita inovação e à serviço da sociedade”, completa a vice-reitora.
A pró-reitora de Planejamento, Orçamento e Finanças, Dulce Maria Tristão, destaca a necessidade de construção de um planejamento participativo. “Nós estamos fazendo um planejamento que não pode ser restrito, porque não conseguiríamos retratar todas as demandas, necessidades, pensamentos de toda a comunidade. O planejamento não pode ser só uma peça obrigatória formal, mas uma construção coletiva que vai expressar a vontade da comunidade”, avalia.
No primeiro dia do evento, foram apresentadas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da Instituição elencadas previamente por cada um dos membros da Comissão Central, de acordo com a metodologia SWOT. Em seguida, os participantes foram divididos em grupos para discutir, selecionar e filtrar os itens considerados prioritários.
Na terça-feira, os grupos devem avançar na discussão sobre os cenários da UFMS, assim como acompanhar apresentações sobre políticas públicas voltadas para a educação, governança de gestão digital e avaliação e planejamento dos programas de pós-graduação.
Já na quarta-feira, as listas de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças serão apresentadas para uma última avaliação. No último dia, o evento também terá a participação do instrutor técnico do MS Competitivo, Carlos Schauff, que atua como consultor da Universidade no processo da Jornada de Excelência para desenvolver melhorias na gestão e eficiência dos recursos públicos.
O diretor de Planejamento Institucional, Danilo de Oliveira Cézar, explica que o processo exige diversas etapas para garantir um processo amplo e democrático. “São mais de 40 mil estudantes hoje na UFMS, temos todo impacto na região, no país e até internacionalmente. A gente precisa de todos esses detalhes e levar em consideração todos esses aspectos para entender o que a sociedade tem de demanda e para que a colocar toda essa capacidade produtiva da UFMS em prol dos resultados que precisam ser atingidos para que a gente possa realmente causar o impacto e contribuir com a sociedade”.
Além da análise de cenários, em etapas seguintes, serão realizadas análises da capacidade da Instituição e diagnóstico da infraestrutura, assim como o estudo do planejamento anterior para gerar um banco de lições aprendidas. Em etapas posteriores, também será englobada a participação popular. “Juntando todas essas questões a ideia é que a gente possa responder qual a UFMS que nós queremos até 2030, traduzindo isso em objetivos, metas e indicadores”, explica o diretor.
O secretário de Planejamento Institucional, Rafael Domingos Ledesma de Nadai, destaca ainda que o trabalho engloba diversas facetas da Instituição. “A Universidade não é única, é plural. Ela engloba o viés tecnológico, o viés sustentável, inovador e também tem um lado humano. São vários perfis que se complementam e que elencamos no planejamento. Também temos a necessidade de uma UFMS cada vez mais participativa, porque cada vez mais temos relevância dentro da sociedade, no nível regional, nacional e até internacional. Tudo isso está sendo levado em conta para entendermos o que nos espera nos próximos anos”.
Texto: Alíria Aristides
Foto: Álvaro Herculano