Novo monumento do Parque da Ciência valoriza araras

A Asa de Arara já entrou no circuito de visitas do projeto Sábado no Parque deste sábado, 15

O mais novo monumento do Parque da Ciência acaba de ser instalado e tem como tema a valorização da presença das araras na Cidade Universitária. Com a instalação da Asa de Arara, o espaço passa a ter 19 monumentos.

“Em 2021, a UFMS foi uma das localidades a receber os totens do Circuito das Araras, projeto do Instituto Arara Azul que tem como objetivo valorizar a presença dessas aves em Campo Grande. Como o totem foi fixado no Bosque Central, optamos por instalar a Asa de Arara ao seu lado. Assim, também despertamos mais a atenção de quem transita pelo Corredor Central e estacionamento para visitar o Parque da Ciência”, explica a professora da Faculdade de Computação e uma das responsáveis pelo Parque, Luciana Montera.

“Além de receber informações sobre as espécies de araras que podem ser encontradas em nosso Estado, os visitantes podem tirar fotos. Ainda, dependendo do horário, podem ser vistas muitas araras aqui no Bosque”, destaca Luciana. O monumento foi feito em fibra pelo artista local Leandro Duarte Lopes e a produção teve o apoio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia (Fundect-MS) e do Instituto Arara Azul. “A Fundect-MS é hoje o principal apoiador do Parque da Ciência e o Instituto nos forneceu as informações e orientações para a produção”, completa.

Dos 19 monumentos, sete foram construídos com recursos da Fundect-MS que, segundo a professora Luciana, também apoia com bolsas para estudantes. “O Parque da Ciência é uma porta aberta da UFMS à comunidade externa e tem recebido visitas diárias de alunos de diversas escolas, além de pessoas que passam pela Universidade, seja para algum evento ou outra atividade”, fala Luciana. As visitas guiadas podem ser feitas de forma agendada por meio da página parquedaciencia.ufms.br, mas o Parque é aberto e pode ser visitado a qualquer momento, já que há totens informativos fixos junto às instalações.

Além das visitas, é realizado, mensalmente, o projeto Sábado no Parque da Ciência. “É um momento de diversão e conhecimento que estimula não só as crianças, mas também os adultos”, aponta a professora. A edição de junho está marcada para este sábado, 15 de junho. “O Parque tem sido utilizado por professores de escolas e outras instituições de ensino para dinamizar e colocar na prática alguns de seus conteúdos. São momentos de aulas de Física, Química, Matemática, Música e até Língua Portuguesa extra sala. E as visitas agendadas sempre acabam em um laboratório da UFMS, para que o aluno tenha contato mais próximo com a Ciência na prática”, explica a diretora de Popularização da Ciência da Pró-reitoria de Extensão, Cultura e Esporte, Lia Raquel Toledo Brambilla Gasques.

O monumento

Leandro Duarte conta que a produção da Asa de Arara foi feita em etapas. “O processo criativo envolveu a produção de um esboço, no qual foram definidas as medidas: três metros de envergadura (distância de uma asa à outra) por dois metros de altura. Essas medidas foram adotadas de forma proporcional, levando em consideração uma pessoa com estatura média de 1,60m”, conta Leandro. Definido o desenho, foi feita escultura em isopor, sendo empapelada para proteger antes da aplicação da resina de poliéster. Em seguida, recebeu mais uma camada de resina acrílica com cimento. Após, foi laminada com fibra de vidro. “Também foi feita uma abertura para a fixação da estrutura de ferro, reforçando a escultura e possibilitando chumbar no chão”, detalha.

Após o lixamento, foi feita a pintura, observando as características da arara vermelha. “Utilizamos várias técnicas na construção e finalizamos a pintura com spray, dando mais realismo às penas, e por fim fixamos o monumento na Cidade Universitária”, detalha Leandro, que contou com a colaboração do artista de grafite Matheus do Carmo. Foram 60 dias entre o esboço até a conclusão do trabalho.

Circuito das Araras

O Circuito das Araras integra o projeto Campo Grande das Araras, que contempla ainda peças multimídia e a criação do Bosque das Araras em diversos pontos de Campo Grande. Além da Cidade Universitária e do Parque das Nações Indígenas, há totens localizados em canteiro na Avenida Afonso Pena, na Lagoa Itatiaia e na Locomotiva da Orla Ferroviária. O projeto é desenvolvido por meio de parceria entre o Instituto Arara Azul, TV Morena e Imasul, sendo idealizado Lú Bigattão Rios, Rosiney Bigattão e Carlos Diehl. Saiba mais aqui.

Texto: Vanessa Amin

Fotos: Luciana Montera/Leandro Duarte/Arthur Ayres