Nesta quarta-feira, 2, a coordenadora do Museu de Arqueologia da UFMS Lia Raquel Brambilla realizou uma visita técnica ao Laboratório de Arqueologia, Sociedades e Culturas das Américas (Lasca), vinculado à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). “Estamos conhecendo o funcionamento de outras reservas técnicas e museus e estudando parcerias”, disse Lia.
A coordenadora do Muarq foi recebida pelo chefe do Lasca e arqueólogo André Luís Ramos Soares. “De nada adiantaria fazer as pesquisas, as descobertas se estas não fosses compartilhadas com a comunidade, principalmente com as crianças, isto o Muarq faz muito bem”, falou André. O Lasca é vinculado ao Departamento de História, desenvolvendo atividades de pesquisa, ensino e extensão. É responsável pela guarda, preservação e extroversão do patrimônio Arqueológico da UFSM.
“Pude conhecer o Laboratório, seu acervo e uma mini-exposição. Além de ganhar seis livros para a biblioteca do Muarq, trocamos informações e fechamos uma parceria para oferecimento de cursos on-line sobre educação patrimonial e maquetes”, comentou Lia. “Fiquei muito feliz com essa visita e também por ter participado do 6º Encontro de Arqueologia em novembro. Mais ainda em poder oferecer, de forma remota, os dois cursos”, disse o chefe do Lasca.
Também acompanharam a visita o museólogo do Lasca Bernardo Duque de Paula e o acadêmico de História e bolsista acadêmico de História Patrick Ventura.
Lasca
O Laboratório foi inaugurado em 2019 a partir da fusão do Laboratório de Estudos e Pesquisas Arqueológicas (Lepa) criado em 1985 e do Núcleo de Estudos do Patrimônio e da Memória (NEP). Até 1990, foram realizadas diversas escavações em sítios arqueológicos em Santa Maria e municípios vizinhos. Nos quatro anos posteriores, foi realizado o primeiro trabalho de organização e classificação do acervo arqueológico do Lepa. A partir de então, foram desenvolvidos outros projetos de pesquisa arqueológica, envolvendo sítios históricos e pré-coloniais. O prof. Dr. Saul Milder coordenou o LEPA até 2014, ano de seu falecimento. Esse período ficou marcado pela expansão dos projetos de pesquisa no LEPA, que culminaram em uma extensa produção acadêmica e no aumento exponencial do acervo arqueológico. O NEP, por sua vez, desenvolvia projetos de ensino, pesquisa e extensão para o resgate e valorização dos bens culturais, arqueológicos, naturais, históricos, entre outros. Entre os projetos desenvolvidos, destacam-se as atividades de Educação Patrimonial, desenvolvidas em diversos municípios da região central do Rio Grande do Sul. Com a fusão do Lepa e do NEP, no ano passado, os acervos de ambos foram unificados e, atualmente, estão em um único prédio, localizado ao lado da antiga reitoria da UFSM.
Texto: Vanessa Amin, com informações do Lasca
Fotografias: Maria Luiza Brambilla
