Com sintomas similares a uma gripe, a doença causada pelo coronavírus (Covid-19), geralmente é leve e moderada, mas pode se tornar mais grave. Os primeiros casos foram registrados na China no final de 2019, mas doença está se espalhando rapidamente pelos continentes, e já alcançou números alarmantes, principalmente na Europa e Ásia. De acordo com informações do sistema de monitoramento em tempo real desenvolvido pela Universidade John Hopkins, há mais de 120 mil casos confirmados pelo mundo. No Brasil, são 34 casos confirmados até o momento.
Em Mato Grosso do Sul, de acordo com informações da Secretaria Estadual de Saúde, ainda não há casos confirmados da doença.
Devido ao grande número de pessoas e atividades coletivas em ambientes fechados, na sua maioria, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul orienta à comunidade acadêmica a colaborar tomando medidas simples que podem prevenir a transmissão do vírus, que ocorre por meio do contato direto com as secreções da pessoa contaminada, seja pela tosse, espirro, ou por contato indireto, pelo contato das mãos com superfícies contaminadas, levando partículas à boca ou ao nariz.
Entre as medidas estão:
– lavar as mãos com frequência, com água e sabão ou então higienizar com álcool em gel 70%;
– ao tossir ou espirrar, é preciso cobrir nariz e boca com lenço ou com o braço, e não com as mãos;
– se apresentar sintomas como febre, tosse ou dificuldade para respirar, evitar contato físico com outras pessoas, ficando em casa até melhorar. Recomenda-se ainda ligar para o número 136 ou procurar uma unidade de saúde;
– evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas e, ao tocar, lave sempre as mãos;
– não compartilhar objetos de uso pessoal como talheres, toalhas, pratos e copos; e
– evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados.
Nesta semana, o programa Entrevista da TV UFMS recebeu a enfermeira Angelita Fernandes, doutora em doenças infecciosas e parasitárias do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian da UFMS. Segundo ela, a rápida transmissão acontece devido a maioria das pessoas não adotarem as medidas de prevenção no dia-a-dia. “Com a proximidade da chegada do inverno, a propagação das doenças respiratórias aumenta e, no caso do coronavírus, isso está se dando de forma muito rápida, porém podendo ser diminuído pela adoção dessas medidas muito simples, como adequada higienização de mãos e etiqueta respiratória”, explica Angelita. “Aprendemos muito com a epidemia de H1N1 e, hoje, estamos aplicando essa experiência no atendimento de casos suspeitos de coronavírus, já que é praticamente o mesmo tipo de protocolo”, ressalta.
De acordo com Angelita, a diferença entre as duas doenças se dá especialmente ao fato de que a influenza já possui uma vacina que pode auxiliar na prevenção da doença, fazendo com que grande parte da população esteja imunizada. “Hoje, na China, há estudos que estão buscando o desenvolvimento da vacina. Mas, hoje, não há outra forma de prevenção a não ser a adoção das medidas de controle”, comenta. “A grande diferença entre uma gripe e a infecção pelo coronavírus se dá pela evolução dos sintomas. Se a pessoa começar a apresentar dificuldades para respirar é necessário procurar atendimento médico”, fala Angelita. A íntegra da entrevista está disponível aqui.
Confira o livreto disponibilizado pelo Ministério da Saúde com as principais informações sobre o coronavírus.
Texto: Vanessa Amin, com informações do Ministério da Saúde, Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul e TV UFMS