Nesta terça-feira, 10, médicos formados no exterior receberam os diplomas revalidados pela UFMS. A documentação é resultado da aprovação no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeira (Revalida). A partir de agora, 160 profissionais podem atuar em todo o território nacional.
“Os médicos que queiram reconhecer o seu título estrangeiro do curso de Medicina para atuar no Brasil fazem parte deste sistema que o Inep estabeleceu dentro do país, para isso, os profissionais precisam fazer duas provas: a teórica e a prática, e sendo aprovados, eles escolhem em qual instituição seu título será revalidado”, explica o chefe da Secretaria de Registro de Diplomas da UFMS , Nilton Santos Mattos.
O Revalida foi criado em 2011, para ampliar a revalidação de diplomas médicos obtidos no exterior. O exame é direcionado tanto aos estrangeiros formados em Medicina fora do Brasil, quanto aos brasileiros que se graduaram em outro país e querem exercer a profissão em sua terra natal. A UFMS é uma das 37 universidades públicas do Brasil aptas a emitir o certificado.
“Essa revalidação representa o reconhecimento de uma vida, e agora tenho uma habilitação para atuar na profissão que escolhi”, comemora Lucas Toledo, que se formou em Medicina no Paraguai e é um dos profissionais que receberam o título revalidado.
Bruna Batista dos Santos também se formou no país vizinho e relata que receber o diploma é a realização de um sonho. “É um momento que não tenho palavras para descrever, são seis anos de luta, longe da família e agora quero fazer residência em Pediatria e o Humap é minha primeira opção”.
Revalida
O Revalida subsidia o processo de revalidação dos diplomas de médicos que se formaram no exterior e querem atuar no Brasil. Para participar, os profissionais formados em Medicina em Instituições de Educação Superior estrangeiras devem atender aos seguintes requisitos:
- Ser brasileiro(a) ou estrangeiro em situação legal de residência no Brasil;
- Enviar imagens do diploma (frente e verso), como solicitado pelo sistema de inscrição;
- Ter registro no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) emitido pela Receita Federal do Brasil;
- Ser portador de diploma médico expedido por instituição de ensino superior estrangeira, reconhecida no país de origem pelo seu ministério da educação ou órgão equivalente, autenticado pela autoridade consular brasileira ou pelo processo de Apostilamento da Haia, regulamentado pela Convenção de Apostila da Haia, tratado internacional promulgado pelo Brasil, por intermédio do Decreto n.º 8.660, de 29 de janeiro de 2016.
O processo avaliativo é dividido em duas etapas eliminatórias aplicadas em momentos distintos: provas escritas e prova de habilidades clínicas. O exame é fundamentado na demonstração de conhecimentos, habilidades e competências necessárias ao exercício da medicina. A aprovação nas duas etapas é um demonstrativo da competência técnica (teórica e prática) do médico graduado para o exercício profissional.
Texto: Crislaine Oliveira
Fotos: Marcelo Calazans